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Cláudio Castro se pronuncia após Ministério da Justiça voltar atrás e suspender ajuda da Força Nacional no combate à violência no Rio

Governador do Rio disse que apesar da negativa, o Estado vai seguir firme no combate ao crime organizado

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Castro sanciona 'Lei Gui' garantindo atendimento para pacientes com epidermólise bolhosa (Foto: Divulgação)
(Foto: Rogério Santana)

O governador do estado do Rio, Cláudio Castro, se pronunciou na noite desta quarta-feira (4) após o Ministério da Justiça e Segurança Pública suspender o envio da Força Nacional ao Rio de Janeiro para o combate à violência no estado. O motivo da suspensão são os questionamentos da ação por parte do Ministério Público Federal do Rio.

“Quero ressaltar que nas últimas duas semanas, houve uma grande cooperação – como nunca vista antes – entre os dois entes, federal e estadual, para a articulação de uma ação conjunta no Complexo da Maré e em outras regiões. A premissa dessa ação sempre foi o respeito à lei e às determinações do Supremo Tribunal Federal”, publicou Cláudio Castro nas redes sociais.

O governador também disse que essa ação de combate ao crime organizado, especialmente no Complexo da Maré, é fruto de uma grande investigação que durou cerca de dois anos e identificou a presença de pelo menos mil criminosos na comunidade localizada às margens da Linha Amarela e Linha Vermelha.

Para finalizar, Castro disse ainda que a sociedade e as instituições precisam compreender que o enfrentamento às organizações criminosas só será possível com a força e união dos estados e do governo federal. Quando isso não acontece, quem perde é o povo do Rio e do país e infelizmente quem ganha são organizações.

O envio da Força Nacional foi assinado nesta segunda-feira (2) pelo Ministro Flávio Dino e tinha por objetivo auxiliar no enfrentamento das organizações criminosas no estado do Rio. O ministro assinou também, nesta quarta-feira (4), o adiamento da ação após os questionamentos do Ministério Público Federal do Rio.

De acordo com um ofício obtido pela TV Globo, o questionamento do Ministério Público acerca dessa ação fala a respeito de uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, mais conhecida como “ADPF das Favelas”, que obriga as operações policiais a reduzir o índice de letalidade nas comunidades. O MP quer ter a certeza que essa ação da Força Nacional estará cumprindo com essa ADPF.