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Política

Bolsonaro participa de primeiro evento público após 07 de setembro e adota discurso cauteloso

Mesmo com tom mais ameno, presidente criticou o Supremo e afirmou que a revisão do marco temporal sobre as terras indígenas significará “o fim do agronegócio”

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Mesmo com tom mais ameno, presidente criticou o Supremo e afirmou que a revisão do marco temporal sobre as terras indígenas significará “o fim do agronegócio” (Foto: Reprodução/TV Brasil)
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Mesmo com tom mais ameno, presidente criticou o Supremo e afirmou que a revisão do marco temporal sobre as terras indígenas significará “o fim do agronegócio”
(Foto: Reprodução/TV Brasil)

O presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), participou do primeiro evento público desde as manifestações pró-governo federal realizadas no dia 07 de setembro, feriado do Dia da Independência do Brasil. O chefe do Executivo compareceu neste sábado (11) ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, para a feira agropecuária Expointer.

No evento, que era o único compromisso na agenda presidencial no Rio Grande do Sul, Bolsonaro fez um discurso de menos de oito minutos, em que manteve o tom mais cauteloso visto na nota, intitulada de “Declaração a Nação”, divulgada na última quinta-feira (09). Durante a fala, o mandatário pregou a pacificação entre os Poderes e desabafou que a vida de presidente não é fácil, chegando a dizer que trocaria imediatamente com quem se oferecesse.

“A vida do presidente não é fácil. Se alguém quiser trocar comigo, troco agora. Mas entendo que é uma missão de Deus pra gente redirecionar esse país. Aos poucos, ele vai mudando”, declarou. “Não podemos fazer as coisas a velocidade que muitos querem, a gente vai aos poucos redirecionando o futuro do nosso país. Temos Três Poderes que têm que ser respeitado e buscar sempre a melhor maneira de nos entendemos para que o produto de nosso trabalho seja estendido aos seus 210 milhões de habitantes”, completou o presidente.

Porém, mesmo com um discurso mais ameno, em um determinado momento da fala, Bolsonaro criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que a revisão do marco temporal sobre as terras indígenas, em discussão na Corte, significará “o fim do agronegócio” caso seja confirmada.

“Temos um problema pela frente que tem que ser resolvido. O Supremo volta a discutir uma data diferente daquela fixada há pouco tempo, conhecida como marco temporal. Se a proposta do ministro Fachin vingar será proposta a demarcação de novas áreas indígenas que equivalem a uma Região Sudeste toda, ou seja, o fim do agronegócio”, disparou o mandatário no discurso.

Ainda no parque de exposições, Bolsonaro recebeu a medalha do Mérito Farroupilha, concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. E após almoçar com representantes do agronegócio no estado, o chefe do Executivo deixou o local pouco antes das 14h. Além do presidente da República, o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), o general Augusto Heleno, e o ministro do Trabalho e Previdência Social, Onyx Lorenzoni, também estiveram presentes na agenda.