Política
Bolsonaro fala sobre saque de R$500 do FGTS: ‘Atendi o interesse do povo’
Na última quarta-feira, o governo federal anunciou a liberação de saques de contas ativas e inativas do fundo e do PIS-PasepO presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) disse, nesta sexta-feira, que acha difícil que o Congresso Nacional modifique a medida provisória com as novas regras para os saques de parte das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas ressaltou que os parlamentares “têm todo o direito” de tomar alguma medida nesse sentido.
O presidente foi perguntado pelos jornalistas sobre a intenção de alguns parlamentares de aumentar o valor do saque de R$ 500 para contas ativas e inativas do FGTS entre setembro deste ano a março de 2020: “O Parlamento sabe muito bem, acho difícil tomarem medida nesse sentido, mas têm todo o direito de tomar. Se, na ponta do lápis, eles falarem que não será atingida a construção de casas populares no Brasil, não tem problema, está certo? Depende deles mostrarem. Matemática não tem como fugir, né? Matemática, pelo que eu aprendi até hoje, dois e dois são quatro e ponto final”, disse o presidente.
Bolsonaro ainda acrescentou: “Nós procuramos atender 82% das pessoas cujo saldo é abaixo de R$ 500. Alguns falam que atendi o interesse de construtoras. Não. Atendi o interesse do povo, não majorando isso, porque temos que ter recursos para continuar o Programa Minha Casa, Minha Vida que é muito importante para quem não tem onde morar. Essa que é a nossa intenção”.
Na última quarta-feira, o governo federal anunciou a liberação de saques de contas ativas e inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS-Pasep. O anúncio foi feito no Palácio do Planalto com a presença de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O presidente deixou o Palácio do Alvorada e seguiu para Goiânia, em que visita o Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro, participa do aniversário de 161 anos da Polícia Militar de Goiás e da formatura da 45ª turma de aspirantes. Bolsonaro também disse esperar que o problema envolvendo os dois navios iranianos que estão parados, desde junho, perto do Porto de Paranaguá, no Paraná, seja resolvido nas próximas horas ou até no máximo na segunda-feira.
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A Petrobras tem se recusado a abastecer os navios. Com isso, eles ficam impedidos de retornar ao país de origem. A empresa teme violar a legislação norte-americana devido ao embargo dos Estados Unidos ao Irã. A violação poderia trazer graves prejuízos para a Petrobras, que é grande exportadora de petróleo para os Estados Unidos e tem ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York.
A exportadora contratante dos navios chegou a conseguir uma liminar na Justiça do Paraná ordenando que a Petrobras abastecesse os cargueiros. A petrolífera recorreu, e a decisão foi derrubada por uma liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro voltou a destacar a importância do alinhamento entre o governo brasileiro e o governo norte-americano: “Temos conversado desde ontem com o embaixador americano nessa questão. Tem adesão do Toffoli. Agora, bancos não querem receber o recurso para esse reabastecimento do navio. Espero que nas próximas horas ou até no máximo segunda-feira, a gente resolva esse problema sem criar qualquer rusga com os Estados Unidos”.