Tenente reformado da PM é condenado a 30 anos de prisão - Super Rádio Tupi
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Capital Fluminense

Tenente reformado da PM é condenado a 30 anos de prisão

Maurição é apontado como chefe da milícia em Rio das Pedras

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Mauricao
Mauricao - chefe da milícia em Rio das Pedras/Foto divulgação
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Mauricao – chefe da milícia em Rio das Pedras/Foto divulgação

Após dois dias de julgamento, a Justiça do Rio condenou nesta quarta-feira (29), o tenente reformado da PM Maurício Silva da Costa, o “Maurição”, a 30 anos de prisão e 360 dias-multa, em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado e por ser um dos líderes de organização criminosa que atua nas comunidades de Rio das Pedras e Muzema, na Zona Oeste. Maurício foi considerado culpado pela morte de Júlio de Araújo, executado a tiros em setembro de 2015 em Jacarepaguá.

Ainda no mesmo julgamento, o Conselho de Sentença, por maioria, absolveu Fabiano Cordeiro Ferreira, o “Mágico”, da acusação de participação no homicídio de Júlio de Araújo. Fabiano, porém, foi condenado a oito anos de prisão, também em regime fechado, e 360 dias-multa, por ser um dos integrantes da mesma organização criminosa. Nas duas condenações, de Maurício e Fabiano, foi fixado o valor do dia-multa em cinco salários mínimos.

Presidido pelo juiz Gustavo Gomes Kalil, o julgamento teve início na última terça-feira (28), quando foram ouvidos os depoimentos de oito testemunhas, além do interrogatório dos dois réus. Na sentença, o juiz negou o direito dos condenados recorrerem da decisão em liberdade.

Operação “Intocáveis”

Maurício e Fabiano foram os primeiros réus submetidos a júri popular do grupo de 12 acusados de integrar uma milícia que atua na região das comunidades de Rio das Pedras e da Muzema. O grupo foi alvo da operação “Intocáveis”, realizada em 2019 por força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Na operação, além dos 12 integrantes da milícia, também foi denunciado o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da PM Adriano da Nóbrega, que teve a punibilidade extinta no processo após ser morto, em fevereiro de 2020, na Bahia, durante uma perseguição policial.

Processo desmembrado

O juiz Gustavo Kalil decidiu desmembrar o processo original em seis processos para que todos os 12 acusados de homicídio e organização criminosa possam ser julgados até o dia 9 de dezembro.

No dia 7 de outubro está marcado o júri de Fábio Campelo Lima e Manoel de Brito Batista, o Cabelo; no dia 21/10, Ronald Paulo Alves Pereira e Daniel Alves de Souza; no dia 18/11, Jorge Alberto Moreth e Laerte Silva de Lima; na semana seguinte, no dia 25, Benedito Aurélio Ferreira Carvalho e Gerardo Alves Mascarenhas; e, no dia 9/12, Marcus Vinícius Reis dos Santos e Júlio Cesar Veloso Serra.