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‘Preto marginal’: Vigia é vítima de racismo em hospital da Barra; agressora é presa
Criminosa ainda fingiu ser agredida pela vítima, mas foi flagrada por câmeras das testemunhasA Polícia Civil investiga um caso de racismo ocorrido neste domingo (04) no Hospital São Bernardo, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O vigia da unidade hospitalar foi agredido e ofendido por uma paciente, que o chamou de “preto”, “favelado” e “marginal”, após ser impedida de estacionar o carro em frente à porta do hospital.
De acordo com o depoimento da vítima, Ana Claudia Arantes Cardoso parou o automóvel no local de acesso das ambulâncias, onde é proibido o estacionamento. Os agentes de segurança solicitaram que ela retirasse o veículo, mas a mulher não acatou, até que o pedido fosse realizado pelo vigia Otoniel da Silva Lopes, de 42 anos.
“Quando eu fiz a solicitação ela tirou o veículo, mas jogou em cima de mim, quase me atropelou, e quebrou os cones que ficam fazendo a sinalização da área”, contou Otoniel. Cerca de dez minutos depois, os xingamentos começaram: “Ela entrou no hospital gritando, falando que tinha sido assaltada e que era para os seguranças darem o telefone e o cordão de ouro dela. […] Ela começou a me agredir também verbalmente, me chamando de preto, marginal, favelado, safado… para eu devolver o telefone e o cordão dela de ouro”, disse o vigia.
Em uma das imagens registradas por testemunhas, é possível ver o momento em que Ana Claudia finge levar um tapa. Ela chega a gritar para aumentar a credibilidade da atuação, mas é repreendida pelas pessoas ao redor, que percebem a mentira. Inclusive, no mesmo vídeo, a própria Ana Claudia agride o vigia.
A Policia Militar foi acionada, a mulher foi encaminhada para a 16ª DP (Barra) e presa em flagrante. Ela vai responder por injuria racial, mas outros crimes podem ser adicionados, como desacato e calúnia pela acusação falsa de roubo.