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Patrulhando a Cidade

Mulher de PM morto prende assassino do marido

Policial, que estava grávida na época do crime, disse que espera que agora seja feita justiça

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Uma policial militar prendeu na madrugada desta segunda-feira o assassino do próprio marido, o sargento Flavio Lima de Oliveira, morto a tiros em 2016, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. A agente fazia um patrulhamento no município, quando foi informada que havia um homem armado num bar da Rua Alberto Teixeira Cunha, no bairro Nossa Senhora de Fátima. Mário Sérgio Pereira de Almeida Junior, de 25 anos, foi preso com uma pistola. A policial, que patrulha a região de Nilópolis há cerca de três meses, conta que assim que olhou para o criminoso percebeu que estava capturando o assassino do marido.

“Já vai fazer três meses que eu estou na companhia de Nilópolis contra a minha vontade, até porque eu temia minha reação diante dele. No momento da abordagem que eu reconheci passou um milhão de coisas na minha cabeça, mas eu tentei ficar o mais fria possível e ser profissional. Ele chegou a falar comigo, mas até então não sabia quem eu era. Na delegacia eu estava um pouco nervosa, eu acho que ele percebeu eu conversando com meu colega. Eu senti aquela sensação de dever cumprido, evitando a perca de mais uma vida”, disse a policial.

Na época do assassinato, o criminoso foi preso, mas foi liberado em menos de dois anos para responder em liberdade. A policial, que estava grávida na época do crime, disse que espera que agora seja feita justiça.

“Ele foi preso, ficou cerca de um ano e alguns meses, e estava respondendo em liberdade. Completamente absurdo, né? Uma pessoa que tira a vida do ser humano tem que pagar até o final, até o que a lei prevê, 30 anos. O meu filho não teve a oportunidade de conhecer o pai graças a esse indivíduo. Que a Justiça seja feita, seja mais rigorosa e que ele demore um bom tempo para sair de novo”, ressaltou a agente.

O bandido foi levado para 54ª DP (Belford Roxo) onde o caso foi registrado. Com ele, foi apreendido uma pistola de numeração raspada e dez munições. Mário tem quatro passagens pela polícia pelos crimes de latrocínio, tentativa de homicídio, ameaça e roubo.

O crime

Em 2016, Mario Sérgio e outros comparsas abordaram o PM Flávio quando ele se aproximava do seu carro para pegar um carregador. Ao perceberem que a vítima era policial, houve troca de tiros. O agente foi atingido por cinco disparos e morreu na hora.