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Agressores de mulheres usarão tornozeleiras que emitem alertas no RJ

Seap fará a monitoração eletrônica dos dispositivos instalados nos agressores

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Foto: Divulgação

Agressores de mulheres do estado do Rio de Janeiro terão de usar tornozeleiras eletrônicas, as mesmas utilizadas na monitoração de presos do regime semiaberto pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Neste caso, a própria vítima vai perceber, por meio de um aparelho que vibra, que o agressor está num raio de 200 metros próximo dela, infringindo decisão judicial e podendo estar em iminente perigo pela proximidade.
A medida segue uma determinação judicial, do último dia 13 de junho, da V Vara de Violência Doméstica. Para atender inicialmente essas demandas, a Seap vai disponibilizar 20 equipamentos. Até o momento a Justiça já autorizou a utilização de dois aparelhos pelas vítimas.
A cada dois segundos, uma mulher é agredida de forma física ou verbal no Brasil , de acordo com o Instituto Maria da Penha.
Os dispositivos eletrônicos, adotados para o cumprimento da determinação prevista na Lei Maria da Penha, possibilita à vítima uma maior segurança e uma maior abrangência de fiscalização do Judiciário, por meio da Seap, com o fornecimento das informações pertinentes sobre a monitoração do agressor, tais como locais percorridos, a partir de que horário ficou em sua residência ou se ausentou da comarca, onde reside sem autorização judicial, além de certificar a distância da mulher vítima.
O uso de tornozeleiras eletrônicas no sistema prisional do Rio de Janeiro teve início, em 2011, após a alteração da Lei nº 12.403/2011 das políticas de medidas alternativas e cautelares, por meio da monitoração eletrônica, adotadas pelo Judiciário.
A Divisão de Monitoração Eletrônica faz parte da Coordenação de Patronato e Alternativas Penais da Seap. Atualmente, mais de 4500 detentos do sistema penitenciário do Rio de Janeiro usam tornozeleiras eletrônicas. Desde 2015, 18.768 presos já foram monitorados.