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Economia

Subsidiária da Petrobras no Uruguai sofre com a paralisação de trabalhadores

Uma greve de fome feita por dois funcionários, iniciada há 30 dias, também chegou ao fim nesta quarta-feira

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A greve geral terá tempo de duração indeterminado
(Foto: Marieta Cazarré/ Agência Brasil)

O Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Gás em Montevidéu anunciou uma paralisação de todos os funcionários da MontevideoGas, subsidiária da Petrobras, a partir desta quarta-feira. Durante o ato, eles anunciam o fim da greve de fome de dois trabalhadores, que durou 30 dias. O porta-voz do sindicato afirmou que a categoria iniciará greve geral, por tempo indeterminado.

O conflito entre os trabalhadores e a empresa se arrasta há meses. Em abril, a tensão aumentou após a Petrobras anunciar a intenção de sair do país e um plano de contingência que incluía demissões. Por outro lado, a situação se agravou após a invasão de trabalhadores à sede da empresa, o chamado controle operário, proibido pela Justiça do país celeste.

Desde então, os funcionários vêm se mobilizando, com trabalhadores em greve de fome e passeatas, na tentativa de garantir os empregos. Na semana passada, representantes do sindicato se reuniram com o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, e pediram que os postos de trabalho fossem mantidos enquanto durar a saída da empresa do país.

Em documento divulgado na última terça-feira, a Petrobras afirmou que, após uma reunião com representantes do governo no último dia 24 de maio, decidiu manter as sanções aplicadas a alguns trabalhadores que ocuparam a sede. A empresa afirma que suas ações foram “moderadas” e que poderia, inclusive, ter demitido os funcionários que descumpriram os contratos de trabalho.

Segundo o documento: “A MontevideoGas logicamente tem direito a aplicar essas sanções diante do descumprimento das obrigações laborais que surgem do contrato de trabalho e da normativa vigente e desobediência a uma ordem judicial”.

A empresa informou que está disposta a dialogar e propôs um acordo nos seguintes termos: definição de medidas que gerem redução de custos equivalente a 19 postos de trabalho, até 31 de dezembro deste ano, e não demitir ou enviar ao seguro-desemprego trabalhadores enquanto durar a negociação, que poderia começar imediatamente e ir até 30 de junho, podendo ser prorrogada de comum acordo.

O governo prometeu enviar, ainda esta semana, uma nova proposta à Petrobras. Os trabalhadores do gás, no momento, afirmam que mantêm a intenção de realizar uma greve geral por tempo indeterminado, mas que aguardarão a resposta da Petrobras à proposta do governo para definir a data da paralisação.