Primeiro-ministro do Canadá renuncia ao cargo; entenda

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou nesta segunda-feira (6) sua renúncia ao cargo, que ocupa desde 2015, e à liderança do Partido Liberal. Em pronunciamento, Trudeau afirmou que “o país merece uma escolha real” nas próximas eleições e declarou não estar mais na posição de ser a melhor opção para liderar o partido e o governo.

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A decisão encerra nove anos à frente do Canadá e chega após semanas de especulação sobre seu futuro político. O anúncio também ocorre antes da reunião nacional do Partido Liberal, marcada para esta quarta-feira (8).

Trudeau vinha enfrentando crescente pressão interna desde a derrota histórica de seu partido em uma eleição suplementar no ano passado. Além disso, a renúncia da Ministra das Finanças, Chrystia Freeland, em dezembro, reforçou as tensões dentro do partido.

Pesquisas recentes mostravam a aprovação do governo Trudeau em apenas 22%, o menor índice desde que ele assumiu o cargo em 2015. Pierre Poilievre, líder do Partido Conservador, aparece 24 pontos à frente de Trudeau.

Sucessão e desafios futuros

Com a renúncia de Trudeau, nomes como Chrystia Freeland, Mélanie Joly e Mark Carney surgem como potenciais sucessores dentro do Partido Liberal.

A saída do primeiro-ministro ocorre em meio a desafios econômicos, como as ameaças tarifárias feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e questões internas relacionadas à gestão pública.

O legado de Trudeau, marcado por uma vitória histórica em 2015 e reeleições consecutivas, também carrega polêmicas, como escândalos éticos e acusações de racismo relacionadas a fotos antigas.

O processo para definir o novo líder do Partido Liberal deve se estender por meses, mas os próximos passos serão cruciais para o futuro político do Canadá e do partido governista.