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Jovem de 23 anos diz ser Madeleine McCann, desaparecida há quase 18 anos

Polonesa Julia Wendell diz ser menina desaparecida em resort, em 2007

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Julia Wendell foi presa após pais de Madeleine McCann a denunciarem por assédio. Foto: Reprodução

A polonesa Julia Wendell, de 23 anos, chamou a atenção do mundo ao dizer que era, na verdade, Madeleine McCann – menina de três anos que desapareceu de um resort de férias na Praia da Luz, no Algarve (Portugal), em 3 de maio de 2007. A jovem disse que foi adotada e mostrou fotos da infância, mostrando semelhança com a menina desaparecida. 

Natural de Wrocaw, Julia chamou atenção ao criar um perfil no Instagram com o nome @iammadeleinemccann (Eu sou Madeleine McCann), em 2023. Ela estava em busca dos pais da garota, Kate e Gerry McCann. Um dos fatores que davam veracidade à história era que ela tinha uma mancha na íris do olho direito, que a menina desaparecida também tinha. 

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Na ocasião, ela fez um teste de DNA no programa do Dr. Phil (um popular talk show americano) sem o apoio de seus pais, que ela acredita serem adotivos e que nunca a apoiaram nessa história. Julia também não teve o consentimento de Kate e Gerry McCann.

O teste revelou que a jovem tinha genética polonesa e herança lituana e romena. Ou seja, o resultado mostra que ela não é Madeleine McCann. 

No entanto, agora ela revelou que fez outro exame genético, que apontou que ela e Gerry McCann têm 70% do mesmo material genético. Para esse novo teste, ela diz ter usado uma amostra de DNA de Gerry, obtida pela polícia em 2007 do quarto da menina desaparecida.

Em meio a isso, os pais de Madeleine se sentiram incomodados com o assédio de Julia e a denunciaram para a polícia. Julia foi presa há duas semanas, no Aeroporto de Bristol, na Inglaterra. Segundo o Daily Mail, a jovem tinha vindo da Polônia para encontrar uma amiga e, assim que pousou, foi cercada por policiais na frente dos passageiros.

Julia Wendell enfrenta quatro acusações de assédio. De acordo com o The Guardian, as denúncias estão relacionadas a várias ligações, mensagens e uma carta enviada para os pais de Madeleine. A jovem também teria entrado em contato com Amelie e Sean McCann (irmãos da menina desaparecida) pelo Instagram.

Sem lembranças da infância

Julia diz que não tem lembranças de sua infância e nunca viu sua certidão de nascimento. Por isso, questiona a própria identidade. Em entrevistas, ela declarou que sua primeira memória é de férias em um lugar quente, com praias e prédios de cores claras, mas ela diz que não vê seus pais naquele flashback.

Sua mãe, Dorota Wandelt-Cholewinski, e seu padrasto, Piotr Cholewinski, vieram a público desacreditar a filha, dizendo que ela cresceu em um “ambiente abastado” na Polônia e frequentou boas escolas. A mãe é uma empresária de sucesso que administra uma rede de lojas de roupas, e o padrasto trabalha no setor financeiro.

Uma ex-colega de escola de Julia disse, em entrevistas na época, que, desde a adolescência, ela demonstrou um comportamento “incomum”, inclusive alegando que não era filha biológica de sua mãe e que poderia ser uma criança desaparecida. A amiga disse que essas declarações não são novas e que refletem a “instabilidade emocional da jovem”.

De acordo com o Daily Mail, Julia mudou a história várias vezes, até mesmo alegando que poderia haver outras meninas desaparecidas antes de se concentrar no caso Madeleine McCann. Em entrevista à BBC, em 2024, a jovem pediu desculpas à família McCann, dizendo lamentar ter causado dor aos familiares de Madeleine. Isso foi meses antes do novo teste de DNA, que levou à denúncia de assédio e à prisão de Julia.

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