Israel mantém bloqueio de ajuda humanitária em Gaza
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Israel mantém bloqueio de ajuda humanitária em Gaza em meio a crise extrema

Sem acesso a alimentos e remédios, Gaza vive colapso humanitário após retomada de ofensiva militar israelense

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Faixa de Gaza após combate. Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

Israel decidiu manter o bloqueio total à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, aprofundando ainda mais a crise humanitária no território palestino. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (16) pelo ministro da Defesa, Israel Katz, em meio a uma das fases mais críticas do conflito.

Desde 2 de março, a entrada de alimentos, água, combustível e suprimentos médicos está impedida. Organizações humanitárias e a ONU alertam para o colapso das condições de vida dos 2,4 milhões de moradores do enclave, após mais de 18 meses de guerra entre o Exército israelense e o Hamas.

“Em Gaza não entrará nenhuma ajuda humanitária. E bloquear esta ajuda é uma das principais alavancas de pressão para impedir que o Hamas a utilize como uma ferramenta com a população”, declarou Katz. Segundo o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), a situação atual é considerada “a pior” desde o início da guerra em outubro de 2023.

A violência no território forçou novos deslocamentos em massa, após a retomada da ofensiva israelense em 18 de março, que pôs fim a uma trégua de dois meses. A ONG Médicos Sem Fronteiras classificou a Faixa de Gaza como “uma vala comum a céu aberto”, diante da destruição e das mortes.

Desde o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que deixou 1.218 mortos do lado israelense, o conflito não cessou. O número de palestinos mortos pelas operações israelenses subiu para 51.025, segundo autoridades locais.

Enquanto o bombardeio prossegue, cresce a pressão internacional por uma nova trégua. O Hamas, que assumiu o controle de Gaza em 2007 e é classificado como organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, estuda uma proposta mediada pelo Egito para cessar temporariamente os ataques em troca da libertação de reféns e autorização para entrada de ajuda.

Até o momento, as negociações não avançaram e a situação humanitária continua crítica, com relatos de fome, destruição e sofrimento crescente, especialmente entre crianças.

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