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Ex-presidente dos EUA é declarado culpado em julgamento sobre fraude e suborno à atriz pornô

Este é o primeiro dos quatro processos criminais que o ex-presidente enfrenta

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(Foto: Reprodução)

Donald Trump foi considerado culpado por 34 crimes pelo júri do Tribunal de Nova York nesta quinta-feira (30). O ex-presidente dos Estados Unidos era julgado criminalmente por falsificar documentos para tentar encobrir um escândalo sexual na reta final da campanha para a Casa Branca, em 2016, e que incluiria o pagamento de 130 mil dólares (cerca de R$ 674 mil) para a ex-atriz pornô Stormy Daniels, por meio do ex-advogado de Trump, Michael Cohen.

A sentença de Donald Trump será lida no dia 11 de julho. Ele pode pegar até 4 anos de prisão por cada um dos crimes pelos quais recebeu a condenação. Este é o primeiro dos quatro processos criminais que o ex-presidente enfrenta.

Donald Trump será o candidato do partido Republicano nas eleições presidenciais deste ano, marcadas para 5 de novembro — de acordo com as regras do país, mesmo preso, Trump pode concorrer e até assumir o cargo de presidente da nação mais poderosa do planeta.

No caso “Povo do Estado de Nova York contra Donald J. Trump”, a Promotoria de Manhattan acusa o magnata de 77 anos de 34 acusações de fraude para encobrir o pagamento do montante para Daniels. 

O julgamento foi complexo e contou com 12 membros do júri e seis suplentes, que eram cidadãos anônimos — por razões de segurança.

O que Trump sabia?

A Promotoria tentou ao longo do Julgamento demonstrar que Trump orquestrou ou pelo menos autorizou que o então advogado pessoal dele, Michael Cohen, tirasse do próprio bolso a quantia para pagar Stormy Daniels, que mais tarde lhe foi devolvida em prestações disfarçadas de despesas legais.

O ex-advogado já se declarou culpado em 2018, quando estava sendo investigada a possível interferência da Rússia nas eleições vencidas por Trump, de violações de financiamento de campanha, entre outras queixas, alegando que estava trabalhando sob a direção do republicano “com o objetivo principal de influenciar nas eleições presidenciais”. Ele foi condenado a três anos de prisão e perdeu sua licença para exercer a profissão.

A acusação também incluiu acordos semelhantes ao de Daniels para encobrir outros potenciais escândalos, como o de uma ex-modelo da revista Playboy e de um porteiro que afirmou que o bilionário teve um filho fora do casamento.