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Escritora norte-americana acusa Donald Trump de estupro

Episódio teria ocorrido em meados da década de 1990, dentro do provador de uma loja de departamentos

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Foto: Reprodução

A escritora norte-americana E. Jean Carrol acusou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de estupro, em um episódio que teria ocorrido dentro de uma loja de departamentos em Nova York, em meados da década de 1990.

De acordo com ela, o caso, que foi capa da revista New York desta sexta-feira, foi no final de 1995 ou no início de 1996. Trump teria a reconhecido e, em seguida, a abordou e perguntou que ela era “aquela senhora que dá conselhos” – na época, a escritora era jornalista de moda.

O atual presidente, que na época tinha 49 ou 50 anos, era um magnata do ramo imobiliário nesse período. Ela, que tinha 52, disse que o estupro foi dentro de um dos provadores, depois que ele pediu conselhos de que presente comprar para uma amiga.

“No momento em que a porta do provador se fechou, ele se joga sobre mim, me empurra contra a parede, fazendo com que minha cabeça bata com força, e coloca sua boca contra os meus lábios”, disse a autora no relato publicado que integrará o novo livro dela, “Para que precisamos dos homens”.

“Ele abriu o sobretudo, desabotoou as calças e, mexendo com força os dedos ao redor da minha área privada, empurrou o pênis até o meio — ou completamente, eu não estou certa — dentro de mim. De repente, nos vimos em uma luta colossal”.

Carrol disse que conseguiu o empurrar, abrir a porta e fugir da ocasião, que teria durado cerca de três minutos.

“Esta é uma história completamente falsa e irreal, que aparece 25 anos depois de supostamente acontecer e foi criada simplesmente para difamar o presidente”, dizia o comunicado.

A revista disse que dois dos amigos de Carroll, ambos jornalistas conhecidos, mas que não foram identificados, confirmaram que, de fato, ela havia relatado o incidente a eles na época e que eles lembravam completamente da história. Um deles insistiu para que ela fosse na polícia, mas, na reportagem, ela disse que não prestou queixa por medo de sofrer algum outro tipo de violência.

Em resposta ao texto, a Casa Branca disse que as acusações falsas.

“Esta é uma história completamente falsa e irreal, que aparece 25 anos depois de supostamente acontecer e foi criada simplesmente para difamar o presidente”, disse um porta-voz através de um comunicado.

A escritora lista 15 mulheres que também acusaram Trump de violência sexual: Jessica Leeds, Kristin Anderson, Jill Harth, Cathy Heller, Temple Taggart McDowell, Karena Virginia, Melinda McGillivray, Rachel Crooks, Natasha Stoynoff, Jessica Drake, Ninni Laaksonen, Summer Zervos, Juliet Huddy, Alva Johnson e Cassandra Searles.