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Em discurso, encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil discorda de Bolsonaro

Para Anatoliy Tkach, o Brasil não poderia adotar posição de neutralidade, como afirmou o presidente nesta semana

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Anatoliy Tkach em entrevista, nessa segunda-feira.
Anatoliy Tkach em entrevista, nessa segunda-feira. (Foto: Renan Ramalho/Gazeta do Povo)
Anatoliy Tkach em entrevista, nessa segunda-feira.

Anatoliy Tkach em entrevista, nessa segunda-feira. (Foto: Renan Ramalho/Gazeta do Povo)

O encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, deu entrevista hoje cobrando um posicionamento mais direto do presidente Jair Bolsonaro, em relação a invasão russa no território ucraniano, que já causou a morte de 352 civis no país. Entre eles, 14 são crianças. Além disso, outras 1.684 pessoas, incluindo 116 menores de idade, ficaram feridos.

“O presidente do Brasil se declarou neutro. Ele pode estar mal informado. Não sabe a situação atual da Ucrânia. Talvez seja interessante ele conversar com o presidente ucraniano para ver outra posição e ter uma visão mais objetiva”, disse Tkach, durante a coletiva de imprensa.

Quando perguntado se achava que o Brasil deveria rever essa posição, Tkach respondeu: “Nós gostaríamos de um maior apoio e uma maior condenação por parte do Brasil com relação à Rússia”, afirmou.

A fala do presidente citada pelo ucraniano é deste domingo de carnaval, quando Bolsonaro foi entrevistado e disse: “No meu entender, nós não vamos tomar partido. Nós vamos continuar pela neutralidade e ajudar no que for possível em busca da solução”.

Nesta segunda-feira, o presidente revelou que vai fazer o possível para fazer o Brasil de refúgio para ucranianos. “Vamos abrir a possibilidade de ucranianos virem para o Brasil através do visto humanitário, que é a maneira mais fácil de vir para cá”, declarou o presidente em entrevista ao vivo para a rádio Jovem Pan. “Estamos dispostos a receber ucranianos”, completou.

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