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Internacional

Coreia do Sul alega ter espaço aéreo invadido por avião militar russo e realiza disparos de advertência

Rússia afirma que se tratava de um voo de rotina sobre águas internacionais, e que eles não entraram no território sul-coreano

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A Rússia alega que se tratava de um voo de rotina sobre águas internacionais, e que eles não entraram no território sul-coreano
(Foto: Estado-Maior Conjunto/ Ministério da Defesa)

A Força Aérea da Coreia do Sul afirmou que realizou disparos de alerta, nesta terça-feira, contra um avião militar russo. As autoridades do país dizem que a aeronave invadiu duas vezes seu espaço aéreo. No entanto, Moscou nega as acusações.

Segundo Seul, dois bombardeiros e um avião de alerta e controle entraram na chamada “zona de identificação de defesa aérea” da Coreia do Sul fora de sua costa leste, antes de invadir seu espaço aéreo. A Rússia alega que dois dos seus bombardeiros estavam em um voo de rotina sobre águas internacionais e que eles não entraram no território sul-coreano.

De acordo com informações do governo da Coreia do Sul, um número não especificado de caças sul-coreanos se dirigiu à área e disparou diversos tiros de advertência. Autoridades de defesa de Seul disseram que o avião de reconhecimento russo deixou a área três minutos depois, mas voltou e violou o espaço aéreo sul-coreano novamente por quatro minutos. Os funcionários disseram que o jatos de combate sul-coreanos, em seguida, dispararam mais uma série de tiros de advertência.

A Coreia do Sul disse que esta foi a primeira vez que um avião militar estrangeiro violou o espaço aéreo sul-coreano desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953. O Ministério da Defesa da Rússia disse em comunicado que seus aviões não entraram no espaço aéreo sul-coreano e negou que os caças tenham feito disparos de advertência, apesar de dizer que eles voaram perto do aviões russos no que chamou de “manobras não profissionais” que teriam criado uma situação de ameaça. “Se os pilotos russos tivessem percebido que havia uma ameaça à segurança, eles teriam respondido”, acrescentou o comunicado.

O assessor de segurança nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, enviou uma mensagem de protesto ao secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa, Nikolai Patrushev, afirmando que o país vê a violação do espaço aéreo com “muita seriedade” e que tomará medidas “muito mais duras” se tal incidente se repetir, de acordo com informações do gabinete presidencial da Coreia do Sul.

Conforme os militares russos, não é a primeira vez que pilotos sul-coreanos tentam impedir voos da Rússia sobre as águas neutras do Mar do Japão, adicionando uma “zona de identificação de defesa aérea arbitrariamente estabelecida pela Coreia do Sul”. Segundo o Ministério da Defesa russo: “Áreas similares não são cobertas por padrões internacionais e não são reconhecidas pela Rússia, o que foi relatado através de vários canais e repetidamente para o lado sul-coreano”.