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Profissionais valorizam flexibilidade no mercado de trabalho

Em meio ao agosto dourado, Bianca Montecchi, Head of Marketing da SISQUAL® WFM, fala sobre a importância da flexibilidade no ambiente de trabalho na Holanda, Portugal e Brasil

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Um relatório sobre o cenário do trabalho remoto revelou que trabalhadores de todo o mundo não querem retroceder em relação à flexibilidade conquistada durante a pandemia de Covid-19. A informação faz parte de uma pesquisa desenvolvida pela Owl Labs, empresa de tecnologia corporativa, de forma conjunta com a consultoria Global Workplace Analytics, e compartilhada pela Forbes

O balanço destaca que os formatos de trabalho se transformaram em um ritmo recorde nos últimos três anos. Atualmente, as modalidades de trabalho presencial e a distância podem ser considerados fluidos, agregando profissionais que atuam de modo combinado e flexível. 

Essa mudança é particularmente relevante para mães, que podem enfrentar desafios na conciliação entre trabalho e maternidade. Na perspectiva de Bianca Montecchi, Head of Marketing da SISQUAL® WFM, empresa de gerenciamento da força de trabalho, a flexibilidade no mercado de trabalho será o futuro para profissões que favorecem essa forma de trabalhar, como aquelas que não envolvem atendimento direto ao público, como funções de escritório.

“As empresas que não oferecem essa flexibilidade estão perdendo bons profissionais para aquelas com uma mentalidade mais aberta, e até para outros países que já entenderam que o trabalho pode ser realizado de maneira mais flexível”, afirma.

Montecchi destaca que a questão da flexibilidade, com trabalho remoto e licenças, referentes à amamentação é tratada de formas diferentes em países como Brasil, Portugal e Holanda.

“Tive sorte em estar em Portugal quando tive a minha filha. A duração da licença parental lá é uma escolha do trabalhador, garantida pela legislação laboral, e pode variar entre quatro e seis meses, com a possibilidade de compartilhar parte dessa licença com o pai”, reporta. “Na Holanda, são apenas dezesseis semanas e, no Brasil, depende da empresa a extensão do prazo de quatro para seis meses, já que a legislação padrão é de quatro meses”, diz.

Em Portugal, após a licença parental, a trabalhadora tem direito a duas horas diárias para se dedicar à amamentação. “No Brasil, são dois intervalos diários de 30 minutos, totalizando 1 hora e, na Holanda, 25% do horário de trabalho pode ser destinado a isso”, compara. “O período no qual os intervalos são concedidos também varia: até seis meses no Brasil, um ano em Portugal – podendo estender até dois anos -, e nove meses na Holanda”.

Amamentação é cercada por mitos e preconceito

A Head of Marketing da SISQUAL® WFM chama a atenção para a importância de turnos mais flexíveis para mulheres que estão amamentando: “A escolha de amamentar já é algo que tem sido cada vez mais desencorajado pela sociedade devido ao desgaste físico e mental que o processo pode causar”, articula. 

Montecchi observa que uma mãe que amamenta enfrenta diariamente uma sociedade que diz que seu leite é fraco, que ela não precisa passar por isso, ou que só crianças que passam fome precisam de leite materno após os doze meses. Para ela, esses comentários, quando inseridos no contexto empresarial, são ainda mais questionados.

“Minha filha tem dois anos e meio, e ainda amamenta, e eu tenho certeza de que só consegui chegar até aqui porque trabalho em uma empresa e em uma equipe que apoia a minha decisão de amamentar, confiando em mim e sabendo que isso não afeta a minha produtividade”, relata.

A profissional ressalta que já viveu em Portugal, na Holanda e, agora, no Brasil, trabalhando com a SISQUAL WFM. “Tive o privilégio de ver diferentes legislações e, hoje, torço para que mais pessoas tenham o mesmo privilégio que eu tive: de trabalhar em ambientes com políticas mais flexíveis e uma legislação que apoia as mulheres nesse momento tão sensível”, afirma.

Para Montecchi, enquanto a flexibilidade e o suporte à amamentação variam de país para país, as empresas têm um papel crucial em criar um ambiente que apoie as mães.

“Empresas que promovem políticas de flexibilidade, especialmente para mulheres que estão amamentando, retêm talentos valiosos e contribuem para uma sociedade mais justa e saudável”, discorre. 

A Head of Marketing da SISQUAL® WFM, acrescenta que, em sua visão, soluções de Workforce Management (WFM) podem desempenhar um papel crucial ao fornecer escalas de trabalho equitativas e flexíveis, que atendem às necessidades específicas desse público e outros. “Essas ferramentas permitem que as empresas criem ambientes de trabalho mais inclusivos e favoráveis para as mães, assegurando que possam desempenhar suas funções com eficiência sem sacrificar o tempo dedicado à maternidade”. 

Trabalhadoras buscam flexibilidade para amamentação

Haiala Vasconcelos, enfermeira e lactante, conta que os trabalhos com horários flexíveis são muito desejados pelas mães.

“Trabalhando como enfermeira de um neurocirurgião, quando engravidei, sabia que a minha dinâmica de trabalho não iria me proporcionar algumas flexibilidades”, expõe. “Trabalhava acompanhando procedimentos, e não poderia me ausentar da sala de cirurgia para ordenha, sendo que muitos destes procedimentos duravam entre quatro a seis horas e o ambiente hospitalar requer cuidados redobrados com higiene”, completa.

Vasconcelos revela que, diante disso, optou por não voltar às atividades após sua licença maternidade (quatro meses). “Meu filho tem um ano e sete meses e mantemos livre demanda no aleitamento e sem programação de parar. Irei iniciar uma nova jornada em uma empresa, e um dos meus critérios foi que o trabalho me permitisse essa adaptação sem perder performance”, afirma.

Cada vez mais, campanhas como o Agosto Dourado chamam a atenção para a importância da amamentação ao disseminar informações em prol do aleitamento materno. A campanha foi instituída pela Lei Federal nº 13.345, de 12 de abril de 2017.

Nas palavras da enfermeira, amamentar o filho é um ato de resistência e de saúde para a criança, pois Haiala possuía um histórico de tumor de hipófise, razão pela qual amamentar não estava nos planos dos médicos.

“Após mais de dez anos tratando o tumor e ele se tornar indetectável em exame, me organizei para amamentar e estamos aqui felizes com essa decisão”, declara. 

Para mais informações, basta acessar: https://www.sisqualwfm.com/

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