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Pilares da sustentabilidade focam em soluções na gestão do lixo eletrônico

A proposta é buscar que um volume cada vez maior de lixo eletrônico não vá parar no aterro e sim seja separado por componentes reciclados e que volte para a cadeia produtiva

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Lixo eletronico

Em uma época em que a tecnologia evolui rapidamente, o desafio do descarte correto do lixo eletrônico pressiona cada vez mais países e organizações em todo o mundo. O descarte incorreto de resíduos tecnológicos podem causar danos irreparáveis ao meio ambiente, por exemplo, a liberação de metais pesados, como o mercúrio e lítio.

Presentes na maioria dos lares e empresas, os equipamentos eletroeletrônicos incluem desde utensílios básicos de cozinha até dispositivos de tecnologia da informação e comunicação, tais como telefones celulares e laptops.

“Muitas empresas estão adotando programas de reciclagem e recondicionamento de dispositivos para reduzir o impacto ambiental. Esta atividade inclui a reciclagem adequada de eletrônicos, a reutilização de componentes e a doação de dispositivos ainda funcionais para organizações que podem fornecê-los a comunidades carentes”, salienta Vininha F. Carvalho, ambientalista, administradora de empresas e editora da Revista Ecotour News & Negócios.

O Brasil está entre os países que mais produzem lixo eletrônico no mundo, segundo o The Global E-waste Monitor. Dados do seu último relatório, em 2022, foram gerados no mundo 62 milhões de toneladas de lixo eletrônico, 82% a mais que em 2010. Apenas 22% desse montante foi realmente reciclado. O estudo também prevê um declínio na taxa de coleta e reciclagem para 20% em 2030, devido à lacuna cada vez maior entre os esforços de reciclagem e o crescimento exponencial da geração de lixo eletrônico. Infelizmente, a conta está longe de fechar.

Segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT) com dados de 2022, 97% dos Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) da América Latina não são descartados de forma sustentável, o que soma um valor perdido equivalente a US$ 1,7 bilhão por ano.

“Na minha experiência como empreendedor nesta área, com a reciclagem correta é possível recuperar cerca de 60% de metais preciosos (ouro, prata, cobre); 15% de plásticos (que tem uma taxa de reciclagem bem abaixo da de metais devido à complexidade das misturas dos materiais); e 50% de vidro. Posto isso, vemos a importância da presença de empresas focadas no ecossistema de reciclagem e remanufatura de REEE”, enfatiza Marcelo Souza, especialista em economia circular, professor universitário e autor da antologia Reciclagem de A a Z.

A TI verde engloba as práticas e estratégias que visam minimizar o impacto ambiental da tecnologia da informação ao longo de seu ciclo de vida. Ela inclui tudo, desde as matérias-primas usadas para fabricar dispositivos até a energia que consomem durante a operação e o descarte responsável de lixo eletrônico ao final de sua vida útil.

Para alcançar o status de TI verde, é preciso estar em conformidade com a ISO 14001, que determina os requisitos de um sistema de gestão ambiental. À medida que a tecnologia continua a evoluir, o mesmo acontecerá com a necessidade de soluções de TI ecológicas.

Antigamente, os consumidores ficavam com os mesmos dispositivos por anos, mas devido às mudanças nos hábitos de consumo, agora a vida útil média dos dispositivos eletrônicos diminui cada vez mais. “Os governos, as ONGs e os representantes da indústria precisam investir em campanhas educativas para informar os consumidores sobre métodos de eliminação adequados, a importância da reciclagem e os benefícios da escolha de produtos sustentáveis”, conclui Vininha F. Carvalho.

Website: https://www.revistaecotour.news

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