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Mais de 95% da produção madeireira é predatória

Na floresta amazônica, os estados do Amazonas, Pará e Acre são os mais impactados pelo desmatamento

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Mais de 95% da produção madeireira ainda provém de exploração predatória, e o desmatamento continua a ser um grave problema, especialmente na floresta amazônica. Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o início do segundo semestre de 2024 mostrou um aumento no corte ilegal de árvores. Os estados do Amazonas, Pará e Acre estão entre os mais afetados, com taxas de desmatamento de 28%, 27% e 22%, respectivamente, totalizando 495 km² de área desmatada.

O boletim revela, ainda, que a degradação, que inclui a remoção parcial da vegetação, é principalmente causada pela extração madeireira e queimadas. Recentemente, a área afetada alcançou 175 km², marcando um aumento de 55% em relação ao ano anterior, quando a degradação havia atingido 113 km².

As queimadas agravam ainda mais os danos à Amazônia. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora os incêndios no Brasil por satélite, diversos biomas do país foram afetados em agosto de 2024. Na Amazônia, a situação é particularmente grave, com mais de 100 focos de incêndio registrados em apenas uma semana.

As ações contra o aquecimento global são diretamente impactadas pela perda de florestas e bosques, que absorvem cerca de 30% das emissões de dióxido de carbono (CO₂) provenientes da indústria e dos combustíveis fósseis, funcionando como um importante armazém de gases de efeito estufa. Em um âmbito global, o relatório “The state of the world’s forests 2024” – Estado das florestas no mundo 2024, em português – na página 17, revela que, a cada ano, o mundo perde 7 milhões de hectares de florestas, uma área equivalente ao tamanho de Portugal.

Daniel Maximilian Da Costa, fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), enfatiza a importância da Amazônia para o equilíbrio ecológico global. Ele ressalta que a biodiversidade da região e sua função na regulação do clima têm impactos diretos no mundo empresarial. Da Costa também destaca a crescente mobilização em torno desses temas, evidenciando a necessidade urgente de ações sustentáveis que envolvam tanto o setor privado quanto a sociedade em geral.

“As iniciativas globais como o Dia da Amazônia, em 5 de setembro, por exemplo, assim como o Quality Festival 2024, programado para novembro em Manaus, são essenciais para o meio empresarial, destacando a necessidade de práticas sustentáveis e responsabilidade corporativa. Essas datas servem como um lembrete da importância de preservar a Amazônia, que regula o clima global e mantém a biodiversidade. Com a crescente pressão de consumidores e investidores por políticas ambientais responsáveis, essas iniciativas se configuram como uma oportunidade para as empresas reforçarem seu compromisso com a sustentabilidade”, finaliza.

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