Mundo Corporativo
IA jurídica acelera processos e enfrenta desafios de adoção
A adoção de inteligência artificial para advogados tem acelerado a tramitação de processos, como visto no STF, onde o sistema Victor reduz o tempo de análise para 5 segundos. Apesar dos avanços, há desafios, como o desconhecimento da tecnologia e preocupações com a substituição de empregos. A implementação gradual e a capacitação dos profissionais podem facilitar a aceitação dessas inovações e otimizar o uso da IA no setor jurídico.
A implementação de Inteligência Artificial para advogados tem se expandido rapidamente no setor jurídico. A adoção dessas ferramentas, especialmente em tarefas como a automação de documentos jurídicos e a análise de contratos, promete aumentar a eficiência dos escritórios de advocacia. Soluções como a IA jurídica, para criação de petições automatizadas, têm ganhado espaço no mercado inclusive nas esferas dos Tribunais. No entanto, muitos profissionais ainda demonstram resistência, apontando preocupações com a perda de empregos e o alto custo inicial.
De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), o uso de IA pelo judiciário, como o STF e outros órgãos, ajuda a classificar e agrupar processos. A pesquisa mostra que mais de 90% das ferramentas de IA jurídica desenvolvidas pelos tribunais visam automatizar tarefas, como a triagem de processos, reforçando a importância das tecnologias no aumento da eficiência do sistema judicial. Esse levantamento confirma o potencial de aceitação gradual da IA no setor jurídico.
Desconhecimento da tecnologia é um dos principais motivos de resistência. Muitos servidores e profissionais ainda não compreendem totalmente como essas ferramentas funcionam e temem que a IA jurídica comprometa suas funções. No entanto, como explica a juíza Caroline Tauk, “a IA é usada principalmente para a classificação de processos, enquanto as decisões permanecem sob responsabilidade humana”.
Além disso, há preocupações com a substituição de empregos e os custos iniciais de implementação, especialmente em tribunais e escritórios de menor porte que ainda não possuem infraestrutura tecnológica avançada. Esses obstáculos podem ser superados com educação e treinamento, que ajudam a desmistificar a IA para advogados e mostrar seus benefícios práticos, como a automação de tarefas repetitivas.
Caminhos para a adoção gradual
Para facilitar a aceitação, recomenda-se uma adoção gradual da IA jurídica, iniciando por tarefas específicas, como a automação de documentos. Sistemas como o Athos, usado pelo STJ, já mostraram eficiência em triagem de processos, abrindo caminho para a IA no direito.
Embora os desafios existam, a inteligência artificial para advogado tem o potencial de aumentar significativamente a eficiência no Judiciário e nos escritórios de advocacia, liberando tempo para que os profissionais possam se concentrar em atividades mais analíticas e estratégicas.
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