Mundo Corporativo
Estudo aponta dados da confiança do empresário industrial
Segundo o relatório, a confiança da indústria brasileira registrou uma queda, atingindo 24 dos 29 setores industriais considerados.
Em publicação realizada no site do Portal da Indústria, em janeiro de 2025, a confiança da indústria brasileira registrou uma queda, atingindo 24 dos 29 setores industriais considerados. Segundo os dados apresentados no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), a falta de confiança atingiu 23 setores, marcando o maior número desde junho de 2020. A retração ocorreu em todas as regiões do país e afetou empresas de pequeno, médio e grande porte.
Conforme informado na publicação do ICEI, as regiões Norte e Centro-Oeste, além de sete setores industriais, migraram da confiança para a falta de confiança entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. O estudo também apontou que apenas um setor conseguiu reverter a tendência negativa no período: produtos diversos, que saiu da falta de confiança e retornou ao patamar positivo, alcançando 50,4 pontos.
O ICEI varia de 0 a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 indicam confiança do empresário e quanto maior o número, mais disseminada é essa confiança. Por outro lado, valores abaixo de 50 representam falta de confiança. Em janeiro de 2025, setores como farmoquímicos e farmacêuticos (53,8), bebidas (50,9) e extração de minerais não metálicos (50,7) se mantiveram acima do limite, apesar da tendência de queda.
Por outro lado, os setores com menor confiança foram madeira (43,9), produtos de minerais não-metálicos (44,0), vestuário e acessórios (45,2) e calçados e suas partes (46,0). Relatório aponta que a indústria de transformação, um dos principais segmentos do setor industrial, registrou uma queda expressiva, passando de 50,3 em dezembro para 48,5 em janeiro, refletindo um cenário mais adverso para a produção industrial.
José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de ferramentas para construção civil, Trans Obra, afirmou que a queda na confiança da indústria reflete um cenário desafiador para diversos segmentos, impactando diretamente a cadeia produtiva e os serviços relacionados ao setor da construção civil. José Antônio disse também que a retração na confiança do empresariado pode afetar decisões estratégicas, como investimentos em novas obras e ampliação da infraestrutura. “Nesse contexto, a locação de ferramentas e o aluguel de betoneira ou outras máquinas e equipamentos para construção civil, se tornam soluções ainda mais relevantes para construtoras e empreiteiras, permitindo a continuidade das operações sem comprometer o capital de giro”.
Ainda sobre o relatório, é possível observar que o setor da indústria extrativa também apresentou redução no índice, saindo de 53,9 pontos em dezembro para 52,4 em janeiro. Da mesma forma, a indústria da construção passou de 51,0 para 49,6 no mesmo período, atravessando a barreira da confiança para a falta de confiança. Entre as três principais subcategorias desse setor, apenas uma manteve um índice acima de 50 pontos.
Perguntado sobre o relatório, José Antônio disse que a desaceleração observada na indústria de transformação, que passou de 50,3 para 48,5 pontos, pode indicar uma menor demanda por insumos e equipamentos, impactando diretamente o setor da construção. José disse ainda que a necessidade contínua de obras e reformas mantém a busca por alternativas mais eficientes e econômicas e que o modelo de locação não apenas reduz custos operacionais, como também oferece flexibilidade para adaptação a um cenário econômico mais incerto. “A eficiência na gestão de ativos será fundamental para garantir a produtividade, tornando essencial o planejamento estratégico no uso de máquinas e equipamentos”.
Website: https://www.transobra.com.br/