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Diagnóstico de alergia: testes variam dependendo do caso

Não há um exame padrão que aponte todos os possíveis tipos de alergia, afirma o médico alergista André Aguiar. A abordagem varia conforme o caso e as suspeitas de cada paciente, indo desde exame de sangue até teste cutâneo

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Aproximadamente 35% da população global apresenta doenças alérgicas respiratórias, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No inverno, quando os sintomas normalmente se agravam (principalmente em casos de asma e rinite alérgica), é comum que muitas pessoas procurem algum médico em busca de testes e orientações.

De acordo com o médico alergista André Aguiar Gauderer, não há um exame padrão que aponte todos os possíveis tipos de alergia. Ou seja, cada situação requer uma avaliação do profissional e testes específicos.

“Tudo começa com uma boa conversa durante a consulta, a anamnese. Se o paciente refere sintomas compatíveis com alergia alimentar, geralmente são solicitados exames de sangue IgE específico para alguns alimentos que suspeitamos serem os mais prováveis ou o teste cutâneo de leitura imediata (também conhecido como prick test). Posteriormente, um teste de provocação com o próprio alimento pode ser solicitado”, explica Aguiar.

Em quadros de uma possível rinite, conjuntivite e asma alérgicas, o prick test ou o exame de sangue IgE específico para alérgenos como ácaros da poeira, fungos, pelos de cão e gato costuma ser o exame solicitado, afirma o especialista.

O teste cutâneo de leitura imediata ou prick test, ao qual o profissional se refere, é um exame rápido feito na pele, considerado indolor e que demora cerca de 15 minutos para o resultado. Colocam-se gotas de substâncias a que a pessoa pode ter alergia no antebraço e realiza-se um pequeno furo com agulha. Geralmente, é realizado já na primeira consulta.

“Se o paciente tem queixa de uma dermatite, alergia na pele que coça e descama, e suspeitamos de dermatite de contato alérgica, pedimos o teste de contato alérgico (patch test)”, acrescenta.

Aguiar diz que, no patch test, são testadas substâncias diferentes em contato com o corpo do paciente a fim de avaliar se vai haver uma reação alérgica no local. Essa pode levar de horas a dias para aparecer, fazendo com que seja um teste demorado.

Ele explica que existem várias baterias para esses testes. “A mais comum é a padrão em que se avaliam mais de 30 substâncias. Há também a bateria de cosméticos, unhas e cabelos, para quando se suspeita de alergia envolvendo perfumes, produtos capilares e esmalte”, exemplifica o médico.

Já os casos de alergia a medicamentos são considerados, na visão do profissional, um pouco mais complexos do que os outros. O principal exame diagnóstico é o teste de provocação medicamentosa.

Nele, o paciente recebe pequenas quantidades do medicamento do qual se suspeita que ele tenha alergia com o intuito de observar o efeito. Gauderer ressalta que esse tipo de exame deve sempre ser feito em ambiente hospitalar, pois existe a possibilidade de desencadear uma reação alérgica no paciente durante o teste.

“Se você suspeita ter alguma alergia e quer investigar mais a fundo, o primeiro passo é uma consulta com seu alergista. Uma anamnese detalhada é fundamental. Nessa conversa, o médico vai elaborar uma hipótese diagnóstica e, com base nela, te indicar um teste específico”, orienta Aguiar.

O médico faz ainda um alerta: todos os testes alérgicos têm limitações, podendo ocorrer falsos positivos ou falsos negativos ‒ daí a importância da avaliação dos resultados e sintomas por parte de um profissional. “Testes alérgicos feitos sem auxílio médico, na farmácia ou pela internet, não devem ser considerados”, finaliza. 

Para saber mais, basta acessar: https://www.drandreaguiar.com.br/

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