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Crise estrutural ameaça segurança de edifícios em São Paulo

A verticalização acelerada de São Paulo esconde uma crise estrutural alarmante: entre 80% e 90% dos edifícios apresentam problemas de conservação e segurança, e 57% dos condomínios não realizam inspeções periódicas. A falta de manutenção preventiva é responsável por 66% dos acidentes estruturais. A engenharia diagnóstica surge como solução, mas a adoção de práticas preventivas ainda é um desafio. São Paulo conseguirá evitar novos desastres?

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Sacadas com desabrigação do cobrimento e corrosão avançada do aço

São Paulo se consolidou como a maior metrópole do Brasil e um dos principais polos urbanos do mundo. A verticalização acelerada ao longo das últimas décadas transformou a paisagem da cidade em um imenso cenário de concreto e aço, onde arranha-céus e edifícios residenciais se multiplicam. No entanto, por trás desse crescimento, há uma crise silenciosa que ameaça a segurança de milhares de moradores e usuários dessas estruturas.

Dados recentes indicam que entre 80% e 90% dos edifícios apresentam problemas operacionais, de conservação e de segurança, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo (Ibape/SP). Além disso, 57% dos condomínios não realizam inspeções prediais periódicas, conforme estudo apresentado no Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias. Esse cenário preocupa especialistas, pois a falta de manutenção preventiva é responsável por aproximadamente 66% dos acidentes estruturais registrados em edificações. De acordo com a Forbee Engenharia, empresa especializada em engenharia diagnóstica com alta tecnologia, entre os problemas mais recorrentes identificados em inspeções técnicas estão Estrutura, corrosão de armaduras metálicas, fissuras ocultas, sobrecarga estrutural e falhas em impermeabilização, fatores que, quando negligenciados, podem comprometer a segurança dos ocupantes e gerar custos elevados com reparos emergenciais.

A falsa sensação de segurança baseada na aparência externa dos prédios tem se mostrado um erro recorrente. Recentemente, um condomínio na Zona Sul, cuja fachada foi renovada há apenas três anos, apresentou risco iminente de desabamento de parte de sua estrutura interna. Em outro caso, um edifício no Morumbi teve laudos técnicos apontando processo corrosivo avançado tendendo um desabamento iminente das sacadas. Problemas estruturais dessa magnitude, se não forem tratados a tempo, podem levar a colapsos inesperados.

A ausência de manutenção contínua agrava esse cenário. Com o passar dos anos, a deterioração natural das construções exige um olhar atento para evitar que pequenos danos evoluam para falhas estruturais críticas. Esse descaso também se estende às ocupações irregulares, que representam uma ameaça crescente na região central da cidade de São Paulo, os edifícios ocupados de maneira irregular apresentam alto risco de incêndios ou colapso estrutural. O caso mais emblemático foi o desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, que colapsou em 2018 após um incêndio, deixando dezenas de mortos e desabrigados. Atualmente, diversas ocupações seguem o mesmo caminho, com instalações elétricas improvisadas, sobrecarga de estruturas e ausência total de manutenção.

A engenharia diagnóstica surge como uma solução para esse problema estrutural latente. Empresas especializadas, como a Forbee Engenharia, utilizam tecnologia de ponta para monitorar edificações e identificar falhas estruturais antes que se tornem emergências. Métodos como drones termográficos, termografia infravermelha, drones submersos, scanners 3D e inspeções detalhadas são algumas das ferramentas utilizadas para garantir um diagnóstico preciso das condições dos edifícios.

A necessidade de ações preventivas é evidente. Enquanto a cidade cresce e se moderniza, administradores de condomínios, investidores e órgãos públicos buscam adotar práticas mais eficientes na manutenção predial. A realização periódica de inspeções técnicas não deve ser vista como um custo adicional, mas como um investimento essencial para a segurança e valorização do patrimônio.

A questão que se impõe é clara: será que São Paulo está preparada para lidar com essa crise estrutural antes que novos desastres aconteçam?

Website: https://www.forbeeng.com

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