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Consórcios batem recordes em 2024 e projetam mais 8% em 2025

Ao superar 11,21 milhões de consorciados ativos, ultrapassar R$ 378 bilhões em negócios realizados a partir de 4,49 milhões de cotas vendidas, as perspectivas para o sistema de consórcios para 2025 são positivas

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Participantes ativos do sistema de consórcios

O sistema de consórcios encerrou 2024 apresentando mais recordes em vários indicadores nacionais e setoriais. Reafirmou a permanente crescente confiança do brasileiro na modalidade e registrou ainda sua importância nos diversos segmentos econômicos.

O crescimento de 7,4% em vendas de cotas confirmou as projeções feitas pela assessoria econômica da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios no final de 2023. Apesar de um ano marcado por oscilações na economia, especialmente nos últimos quatro meses, o mecanismo demonstrou solidez consolidando seu market share entre as várias linhas de crédito disponíveis no mercado para aquisição de bens.

O destaque foi o crescimento do consórcio no cenário econômico do país apoiado na consciência do consumidor sobre a essência da educação financeira, na qual o planejamento é o principal fundamento.

Presente nos mais diversos segmentos, o consórcio, alternativa para quem deseja adquirir bens móveis e imóveis e contratar serviços de forma planejada, proporcionou a concretização de inúmeros objetivos pessoais, profissionais, familiares e empresariais.   

De janeiro a dezembro, o acumulado de vendas atingiu 4,49 milhões de cotas, um novo recorde histórico. Cresceu 7,4% sobre as 4,18 milhões de adesões de 2023. Os negócios, resultantes da comercialização desse volume significativo de cotas, também bateram recorde. Atingiram a marca de R$ 378,73 bilhões, 19,6% acima dos R$ 316,70 do ano de 2023.

Os participantes ativos atingiram volume inédito, crescente mês a mês, ao alcançar 11,21 milhões, durante 2024. Em dezembro, anotaram 8,9% acima dos 10,29 milhões de consorciados de 2023.

Paralelamente, o acumulado de consorciados contemplados, momento em que as contemplações podem ter seus créditos transformados em bens e serviços, chegou a 1,70 milhão, 4,9% acima das 1,62 milhão de 2023. A correspondente liberação de créditos somou R$ 100,58 bilhões, potencialmente injetados na economia, 19,8% superior aos R$ 83,93 bilhões de um ano antes.

O tíquete médio de dezembro alcançou R$ 78,35 mil. Pontuou aumento de 5,5% sobre o do mesmo mês de 2023, que na ocasião registrou o valor de R$ 74,24 mil. A evolução ratificou o interesse do consumidor por cotas de maior valor, com parcelas acessíveis ao bolso, e provocou crescimento dos negócios realizados em 2024.

“Nos dados obtidos no final do ano, comparados aos do anterior, a performance foi positiva. Tendo como base a essência da educação financeira, a modalidade vem demonstrando, há mais de seis décadas, a importância do planejamento para a conquista de objetivos individuais, evolução patrimonial, melhoria da qualidade de vida, entre outros”, afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. “O sistema de consórcios tem alcançado cada vez mais presença na cultura financeira do consumidor. O maior conhecimento vem contribuindo diretamente para a gestão das finanças de forma responsável, sem imediatismos, proporcionando ainda equilíbrio e tranquilidade nas decisões”, complementa.

ADESÕES

No total das adesões, 4,49 milhões, a distribuição setorial ficou assim: 1,75 milhão de veículos leves; 1,33 milhão de motocicletas; 992,73 mil de imóveis; 232,89 mil de veículos pesados, 132,98 mil de eletroeletrônicos; e 52,80 mil de serviços. A média mensal de 374,17 mil, anotada nos doze meses, foi 7,4% acima da obtida no mesmo período de 2023, quando chegou a 348,33 mil cotas comercializadas. No ano, houve os dois maiores volumes mensais na história das vendas de cotas dos últimos vinte anos. Em agosto, o maior total de adesões de todos os segmentos atingiu 481,42 mil. No mês de novembro, a soma alcançou 425,32 mil vendas, a segunda melhor marca.

CONTEMPLAÇÕES

Nos doze meses, os 1,70 milhão de consorciados contemplados incluiu: 708,20 mil de veículos leves; 693,63 mil de motocicletas; 115,41 mil de imóveis; 90,80 mil de veículos pesados; 57,94 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 36,29 mil de serviços. A média mensal chegou a 141,85 mil, 4,9% acima do atingido no ano passado, com 135,16 mil contemplações.

PARTICIPANTES ATIVOS

A presença de cada segmento na somatória das cotas ativas esteve assim distribuída: 43,2% nos veículos leves; 27,0% nas motocicletas; 19,0% nos imóveis; 7,6% nos veículos pesados; 2,2% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 1,0% nos serviços.

Setorialmente, dos 11,21 milhões de participantes ativos, as somas ficaram assim dispostas: 4,84 milhões em veículos leves; 3,03 milhões em motocicletas; 2,13 milhões em imóveis; 850,28 mil em veículos pesados; 259,36 mil em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 107,57 mil em serviços.

PERSPECTIVAS PARA 2025

Ao projetar o sistema de consórcios para este ano, o presidente executivo da ABAC citou boas perspectivas. “Em 2025, acreditamos na possibilidade de obtenção de performances semelhantes ou até maiores que os alcançados no ano passado. As expectativas apoiam-se principalmente na continuidade do crescimento da conscientização do consumidor sobre planejamento financeiro, que colocam o consórcio como uma opção racional e segura para consumidores e investidores”.

Apoiado em um dos melhores balanços anuais da modalidade, Rossi, baseado em estudos da assessoria econômica da entidade, considerou diversos aspectos da economia brasileira para traçar o futuro próximo do sistema de consórcios em 2025. Ao ponderar a possível estabilização da inflação, já refletindo sobre as altas da taxa Selic, a tendência na redução do desemprego, porém com alguma desaceleração da economia, o presidente executivo da ABAC entende que “este ano será de superação de desafios com possibilidade para obtenção de novos recordes de adesões, negócios e participantes. Estimo, que, a exemplo de 2024, o sistema de consórcios possa crescer até 8,0%, resultado geral calculado a partir dos crescimentos estimados de 20,0% para os imóveis, 10,0% para veículos pesados, 6,0% para os veículos leves, 2,0% para as motocicletas, 23,0% para os eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, e 10,0% para os serviços”.

 

Website: http://www.abac.org.br

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