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Brasil tem a 6ª maior indústria química do mundo, diz estudo

Além da posição no ranking global, relatório apresentado pela Associação Brasileira da Indústria Química aponta tamanho do mercado nacional, faturamento, participação no Produto Interno Bruto (PIB) e quantidade de empregos gerados pelo segmento

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A indústria química brasileira ocupa a 6ª colocação no ranking global de seu segmento, conforme relatório apresentado, em 2023, pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). De acordo com a entidade, o tamanho do mercado químico brasileiro é de US$250 bilhões, e no ano passado, o setor registrou um faturamento líquido de US$167,4 bilhões, 13,7% menor que o ano anterior. 

Segundo a Abiquim, o segmento químico no setor industrial é o terceiro maior em participação no Produto Interno Bruto (PIB) industrial, com 11% de contribuição (e 3% no PIB nacional). O mercado é responsável por gerar 2 milhões de empregos diretos e indiretos, e tem o segundo maior salário do setor industrial.

De acordo com Alexandrine Brami, CEO e Co-Founder do Lingopass, apesar de sua importância, a indústria química brasileira enfrenta desafios significativos. “A redução do uso da capacidade instalada e um aumento nas importações, a dependência de matérias-primas estrangeiras, especialmente produtos especializados e commodities químicas, têm sido um fator crítico para essa crise”.

Investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D)

A empresária explica que, para superar a concorrência global, as empresas brasileiras do mercado químico têm investido em áreas de alta especialização e valor agregado, com foco em pesquisa e desenvolvimento (P&D). 

“A Raízen, por exemplo, tem direcionado investimentos para o desenvolvimento de biocombustível e já realizou sua primeira exportação para a Europa. E a parceria entre a Braskem e a francesa Veolia visa implementar um projeto de energia a partir de biomassa de eucalipto em Alagoas”, afirma, pontuando que este último projeto, que conta com um investimento de R$ 400 milhões, busca reduzir as emissões de CO₂ em aproximadamente 150 mil toneladas por ano, alinhando-se aos objetivos da Braskem de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 15% até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. 

Outro exemplo trazido por Brami foi a Biolab Farmacêutica, que estabeleceu um centro de P&D no Canadá e, em 2022 adquiriu a Exzell Pharma consolidando sua infraestrutura local para melhor exportar sua linha de produtos de saúde animal. Por fim, outras empresas, como a Aché Laboratórios e a Eurofarma, “também têm firmado parcerias com centros de pesquisa nos Estados Unidos, fortalecendo sua presença global”, destacou.

A pesquisa Investimentos na Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que o percentual de grandes indústrias com planos de investimentos subiu de 68% para 73% entre 2023 e 2024. Pela primeira vez na série histórica, o percentual de empresas que pretendem investir no mercado externo alcançou 10%. Em 2023, a taxa era de 5%. 

Outro dado revelado pela pesquisa foi que os investimentos que abrangem a aquisição de ativos intangíveis ou produtos de propriedade intelectual, como despesas com P&D, softwares, banco de dados, entre outros, é o objetivo de 22% das grandes empresas entrevistadas. 

Brami lembra que, para que o setor químico brasileiro mantenha e expanda sua competitividade internacional, a capacitação das equipes é fundamental. “Projetos de P&D frequentemente envolvem colaborações internacionais e exigem habilidades específicas como fluência em idiomas e competências interculturais”, diz a empresária, frisando que, dessa maneira, é possível facilitar a comunicação e a colaboração com parceiros internacionais – da mesma forma, é possível desenvolver habilidades interculturais que ajudem as equipes a trabalhar de forma mais eficaz em ambientes globais. 

“Treinamentos em sensibilidade cultural, particularidades do idioma estrangeiro e gestão de equipes diversificadas são importantes para o sucesso de projetos internacionais”, ressalta a CEO do Lingopass, pontuando a importância da formação técnica e científica na equipe de funcionários. “Investir em programas de treinamento contínuo em novas tecnologias, processos químicos avançados e metodologias de pesquisa é crucial para manter a força de trabalho atualizada e competente”, completa.

Para a especialista, parcerias com universidades e instituições de pesquisa também são cruciais para manter a força de trabalho atualizada e competente com formação técnica e científica. “A combinação desses elementos é vital para fortalecer o setor químico brasileiro no cenário internacional, garantindo sua capacidade de inovação e competitividade”.

Para saber mais, basta acessar: https://www.lingopass.com.br/setores/quimico

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