Vegetação de restinga volta para as areias da praia de Copacabana - Super Rádio Tupi
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Meio ambiente

Vegetação de restinga volta para as areias da praia de Copacabana

Primeiro trecho foi implantado em frente à Rua Santa Clara e inclui mudas da Eugenia copacabanensis, árvore símbolo do bairro

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vegetação de restinga para as areias da praia de Copacabana
(Fotos: André Santos/Prefeitura do Rio)

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio trouxe de volta, nesta quarta-feira (30), a vegetação de restinga para as areias da praia de Copacabana, na Zona Sul da cidade, com a implantação do primeiro trecho e o plantio de 1.800 mudas nativas, entre elas a Eugenia Copacabanensis, espécie descoberta no bairro e classificada como ameaçada de extinção. O primeiro trecho de vegetação de restinga da praia de Copacabana foi implantado numa área de 300 metros quadrados, em frente à Rua Santa Clara, no Posto 4, onde já existem 24 coqueiros, que foram preservados.

A maior parte das espécies nativas a serem plantadas no local são de Hydrocotyle, a popular salsa da praia, por ser típica para forração do solo e tolerante ao sombreamento proporcionado pelos coqueiros. As cerca de 40 mudas da Eugenia copacabanensis que serão plantadas no local ocupam a área central do trecho protegido por mourões.

Descoberta nas areias de Copacabana no final do século 19, pelo paisagista e botânico francês Auguste Glaziou, Eugenia, a Princesinha de Copacabana, como ficou conhecida, foi considerada ameaçada de extinção com o avanço da urbanização do bairro, no século 20, que dizimou a vegetação de restinga das areias da praia. Só mais recentemente, depois de sua redescoberta em Maricá, litoral do estado do Rio, a Eugenia foi trazida de volta a Copacabana, por meio do plantio de algumas mudas no Parque da Chacrinha.

“A ideia veio de uma demanda dos moradores para restabelecer, na orla de Copacabana, a vegetação de restinga que havia aqui no passado. Nós aproveitamos para incluir no projeto a Eugenia Copacabanensis, que é a árvore símbolo do bairro e que existia por toda a orla. A partir de agora, os moradores vão poder observar não só essas espécies, mas também, a fauna de volta para esta que é a praia mais famosa do mundo”, comemorou o Secretário de Meio Ambiente, Bernardo Egas, que participou do início do plantio das mudas de restinga.

Portal de segurança de parques

O Secretário de Meio Ambiente inaugurou também nesta quarta-feira as guaritas de controle de acesso aos parques municipais da Prainha e de Grumari, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste. Os abrigos de segurança vão ser ocupados por guardas do destacamento de Defesa Ambiental da Guarda Municipal.

“Essa era uma antiga demanda dos gestores dos parques para que a gente pudesse ter mais controle sobre o acesso das pessoas aos parques. Queremos coibir principalmente frequentadores que promovem festas irregulares nos espaços, deixando lixo e danos ao meio ambiente, e barrar o transporte de materiais de construção para fazer obras ilegais dentro dos parques”, destacou o secretário de Meio Ambiente.

A Prainha, integrada aos 126 hectares do Parque Natural Municipal da Prainha, foi o primeiro balneário do Rio a obter a Bandeira Azul, certificado de qualidade para a praia concedido por uma instituição internacional que avalia a gestão e os cuidados com o meio ambiente de praias ao redor do mundo.

O Parque Natural Municipal de Grumari, na sequência da Prainha, abriga um rico ecossistema, com restinga nas áreas de baixada, Mata Atlântica nas encostas, áreas alagadiças e brejos, manguezal na foz do Rio do Mundo e diversas praias.

O parque de Grumari abriga uma das maiores áreas de restinga no estado e sua conservação é apontada como uma contribuição para a preservação das espécies fluminenses. Das espécies de de restinga ameaçadas de extinção no município do Rio de Janeiro 17 % são encontradas em Grumari. Dentre os répteis, observa-se a presença de duas formas endêmicas: a lagartixa-da-praia e a cobra-de-duas-cabeças.