Capital Fluminense
Projetos se unem para castrar gatos abandonados no Estádio do Maracanã
Em três meses 101 felinos foras esterilizados
Os projetos @anjos.de4patas e @maracana.cats se uniram em prol de um único objetivo: castrar gatos abandonados no Estádio Mário Filho, Maracanã. De acordo com as protetoras o abandono ali, é uma prática antiga, e o local em todo seu entorno, dentro e fora, possui mais de 200 gatos.
Com a castração os protetores viram uma maneira de diminuir o número de nascimentos indesejados. É o programa chamado CED – Captura, esteriliza e devolve. Os mais mansinhos, vão para feira de adoção, porém, aqueles mais ferozes voltam para as colônias, onde recebem alimentação diárias das protetoras, e, em contrapartida, não procriam mais.
De acordo com o veterinário Samuel Lima Pereira Figueira, uma gata não castrada pode gerar um número estimado de 12 filhotes por ano, considerando duas crias em 12 meses com uma média de 2 a 6 filhotes por gestação.
Ao logo de três anos por exemplo, esse número cresceria para 1.728 gatos nas ruas. Já no caso das cadelas, segundo o veterinário, é possível estimar um número de 8 filhotes por ano, considerando que a fêmea entra no cio a cada 6 meses.
O Anjos é formado por 4 amigas, que resgatam animais nas ruas, cuidam e levam para o abrigo, um trabalho totalmente sem fins lucrativos. Para a sobrevivência do projeto, elas contam com padrinhos, rifas e doações. Quando os pets estão bem de saúde, lá seguem elas para as campanhas de adoção.
“Essa rotina já faz parte da nossa vida. Todos os sábados estamos em um pet shop, com nossos gatinhos, a procura de um lar definitivo, responsável, seguro e cheio de amor, para que eles não precisem voltar a sofrer maus-tratos nas ruas, ” diz a protetora Patrícia Marins.
Em 2022 número de animais adotados surpreendeu, com a realização das incansáveis campanhas, elas conseguiram 92 lares para gatinhos que haviam sido abandonados nas ruas.
“A notícia é muito boa, mas o fato de encontrar esses animais abandonados em vias públicas, caixas de papelão, e até mesmo em lixeiras, nos entristece demais. Não acreditamos que um ser humano tenha coragem de tal atitude, mas acreditamos também que nós quatro não nos conhecemos e viramos amigas à toa. Sonhamos muitas e muitas vezes em conseguir realizar essas campanhas, e hoje comemoramos esse número muito expressivo para nós. ”, comemora outra protetora, Érika Flores.
Esse ano os trabalhos já foram finalizados, mas elas prometem que em janeiro irão voltar com tudo.
“Amamos os animais, dedicamos muito de nossas vidas a eles, passamos noites sem dormir, e não vamos desistir, afirma Lucia Mourão, que também faz parte do projeto @anjos.de4patas.