Meio ambiente
Morre, aos 96 anos, ambientalista Alceo Magnanini
Ativista foi o último organizador do Código Florestal Brasileiro vivoO agrônomo e professor Alceo Magnanini, de 96 anos, faleceu na última segunda-feira (11), no Rio de Janeiro. Com mais de 75 anos de serviços públicos prestados em prol do meio ambiente brasileiro, o ativista ambiental era o último organizador do Código Florestal Brasileiro de 1965 ainda vivo e exercia até então o cargo de assessor técnico do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
O sepultamento aconteceu na terça-feira (12) em Brejal, área rural da cidade de Petrópolis, cercado por uma rica biodiversidade, em homenagem ao seu papel incansável na proteção dos patrimônios naturais fluminenses.
Nascido na cidade de São Paulo, ingressou no curso de Agronomia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em 1944, e desde então lutava pela proteção do meio ambiente no país. Magnanini participou da delimitação da parte sul da Amazônia, foi gestor do Parque Nacional da Tijuca, além de ter escrito mais de 170 livros e artigos ao longo da sua vida.
O ambientalista auxiliou na criação da Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente (FEEMA) e atuou durante 10 anos no Instituto Estadual de Florestas (IEF). Desde a fusão das entidades e a criação do Inea, em 2009, exerceu o cargo de assessor técnico da Diretoria de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistemas do instituto. Foram 13 anos atuando na execução das políticas públicas no Estado do Rio de Janeiro.
Entre as inúmeras homenagens ao seu trabalho, o professor recebeu a medalha Pedro Ernesto, mais alta honraria concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O auditório da sede do Inea e da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, na capital fluminense, também leva seu nome.
Sua morte foi anunciada pela filha, Cristina Magnanini, por meio das redes sociais.
Alceo Magnanini deixa quatro filhos, netos, bisnetos e um grande legado nas políticas públicas ambientais do Brasil.