Brasil
Crise climática: Brasil intensifica ações de combate a incêndios
A estiagem prolongada e as temperaturas acima da média agravaram a situação de queimadas no país.
As queimadas no Brasil, especialmente em agosto, apresentam um cenário alarmante com um aumento expressivo de focos de incêndio em diversas regiões do país. Em estados como Mato Grosso, Pará, Amazonas e São Paulo, os focos de incêndio não ficaram restritos às condições climáticas adversas.
Também prevaleceu a ação humana. Recentemente, o deslocamento de uma onda de fumaça para amplas áreas do Brasil ganhou destaque na mídia internacional, evidenciando a gravidade da situação.
Os focos de incêndio estão fortemente ligados à estiagem prolongada que afeta grandes partes do país. Informações recentes indicam que a chuva tem ocorrido de maneira irregular desde o início do outono, período essencial para a manutenção da umidade do solo e da vegetação.
A falta de chuva, somada com as temperaturas acima da média durante o outono e o inverno, cria um ambiente favorável para a propagação dos incêndios. O resultado destes fatores não apenas reduz a umidade da vegetação, tornando-a altamente inflamável, mas também facilita a propagação rápida das chamas, com consequências devastadoras para ecossistemas inteiros e para a qualidade do ar.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mobilizaram mais de 3 mil brigadistas em todo o país, incluindo 1.468 na Amazônia, que enfrenta a pior seca em pelo menos 40 anos.
Em São Paulo, o governo federal apoia o combate e monitoramento das áreas atingidas com o uso de seis aeronaves, incluindo um avião KC-390 equipado para lançamento de água, e a atuação de cerca de 400 militares na região.
Outras medidas incluem a sanção da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que proíbe o uso de fogo para desmatamento ou supressão de vegetação nativa, exceto em queimas controladas.