Meio ambiente
Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj debate poluição do sistema Lagunar de Maricá
Somente 12% do município é coberto pela rede de coleta de esgoto
A Comissão de Defesa do Meio Ambiente, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), debateu a situação do sistema lagunar de Maricá, na Região Metropolitana, em audiência pública realizada na Câmara Municipal da cidade. O presidente do colegiado, deputado Jorge Felippe Neto (Avante), afirmou que somente 12% do município é coberto pela rede de coleta de esgoto, atualmente gerenciada pela Companhia de Saneamento de Maricá (Sanemar).
O dado consta no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades. Dessa forma, há vários relatos de despejo irregular de dejetos nas lagoas do município.
Jorge Felippe Neto afirmou que o colegiado buscará, junto à Prefeitura de Maricá e ao Governo do Estado, acelerar licenciamentos em andamento cujo objetivo é universalizar o acesso ao saneamento básico em Maricá, como, por exemplo, o desassoreamento de rios e a ampliação da rede de coleta de esgoto.
De acordo com a presidente da Associação de Preservação Ambiental das Lagunas de Maricá (Apalma), Flávia Lanari, obras como a Orla do Parque Nanci, o alargamento da Orla de Araçatiba e o assoreamento da Lagoa do Padre causaram danos ambientais.
“Todo o esgoto de Itaipuaçu é lançado no Canal da Costa, perto do Recanto, e o resto vem parar na Lagoa Brava, através dos rios. A Lagoa de Maricá também recebe muito esgoto”, alertou Lanari.