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Internacional

Eduardo Bolsonaro compara movimento ‘Vidas Negras Importam’ com nazismo

Parlamentar publicou uma imagem de um jogador de beisebol que se recusou a fazer um ato em apoio ao movimento e comparou com foto de um alemão que não fez a saudação nazista

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Parlamentar publicou uma imagem de um jogador de beisebol que se recusou a fazer um ato em apoio ao movimento e comparou com foto de um alemão que não fez a saudação nazista
(Foto: Reprodução)

(Por: Sarah Teófilo/Correio Braziliense) O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) fez uma publicação em sua página no Twitter na qual compara o movimento ‘Black Lives Matter’ (em português, vidas negras importam) com o nazismo. O parlamentar publicou uma imagem do jogador de beisebol Sam Coonrod, que na semana passada se recusou a se ajoelhar em campo em um ato de apoio ao movimento antirracista, com uma imagem de um alemão que não fez a saudação nazista.

“Num jogo de beisebol nos EUA, o jogador Sam Coonrod se recusou a fazer o ato quase humilhante de apoio ao black lives matter, movimento que espalha caos onde passa. A imagem lembrou o alemão August Landmesser, que corajosamente se recusou a saudar Hitler”, escreveu o filho do presidente Jair Bolsonaro.

A imagem publicada pelo parlamentar é de fato do alemão August Landmesser. A doutora em antropologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Adriana Dias, que pesquisa sobre nazismo e neonazismo há 19 anos, explicou que ele foi identificado pela filha. Landmesser chegou a pertenceu ao partido nazista, de Adolf Hitler, mas se casou com uma judia, foi expulso, preso e morto.

O jogador Sam Coonrod disse que não se ajoelhou porque é cristão. “Eu não penso que sou melhor que ninguém… Eu sou cristão, então eu só acredito que eu não posso me ajoelhar perante nada além de Deus”, disse à NBC Sports. “Eu só não consigo aceitar algumas coisas que eu li sobre o Vidas Negras Importam; como eles se ‘inclinam’ para o marxismo”, afirmou.

O ato de ficar de joelhos é relativo ao movimento antirracista nos Estados Unidos. Este ano, o país vivenciou uma onda de protestos após a morte de George Floyd, um homem negro que foi sufocado por um policial branco no meio da rua.