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Gastronomia

Embrapa desenvolve novos alimentos sem glúten a partir de cereais integrais e pulses

A Embrapa desenvolve deliciosos e nutritivos alimentos sem glúten utilizando tecnologia de extrusão.

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Embrapa desenvolve novos alimentos sem glúten a partir de cereais integrais e pulses
Créditos: depositphotos.com / lucidwaters

A Embrapa Agroindústria de Alimentos, localizada no Rio de Janeiro, está em busca de parceiros para lançar no mercado uma linha inovadora de alimentos sem glúten. Feitos a partir de cereais integrais – especialmente arroz e milheto – e pulses, como grão-de-bico e feijão, esses produtos oferecem uma alternativa nutritiva e inclusiva para pessoas com restrições alimentares.

Dentre as criações da Embrapa, destacam-se biscoitos integrais, farinhas integrais pré-cozidas, massa alimentícia integral e pão pita (árabe ou sírio). Esses itens estão prontos para serem codesenvolvidos, validados, escalonados industrialmente e licenciados.

O que é a Extrusão Termoplástica?

A chave para esses novos desenvolvimentos está na tecnologia de extrusão termoplástica. Esse processo possibilita um cozimento rápido e versátil, crucial para criar diferentes formas e texturas nos alimentos.

Segundo Carlos Piler, pesquisador da Embrapa, a extrusão termoplástica permite o uso integral do grão, sem a necessidade de separar a casca, um diferencial importante em comparação às farinhas refinadas.

Como a Extrusão Termoplástica Melhora os Alimentos Integrais?

Piler explica que a escolha desse processo é estratégica no desenvolvimento de alimentos integrais. “A nossa experiência na Embrapa com a tecnologia de extrusão nos permitiu desenvolver produtos extremamente nutritivos e aceitáveis, utilizando arroz, milheto pérola, grão-de-bico e feijão-carioca”, afirma o pesquisador.

Quais São os Benefícios dos Novos Produtos Sem Glúten?

Os novos produtos criados pela Embrapa, como snacks e pão pita, destacam-se não apenas pela ausência de glúten, mas também pelo seu alto valor nutricional:

  • Snacks: Contém 12,8% de proteína e 9% de fibras alimentares.
  • Pão Pita: Apresenta 10,5% de proteína e 10% de fibras alimentares.

Ambos os produtos atingiram um índice de aceitação sensorial de 70%, mostrando um grande potencial no mercado caso sejam lançados comercialmente. Segundo Piler, isso infere um considerável interesse de compra, especialmente entre os consumidores que buscam alimentos saudáveis e nutritivos.

Como a Massa ‘Parafuso’ se Destaca no Mercado?

A massa alimentícia desenvolvida a partir de grãos integrais de milheto pérola e grão-de-bico é outro grande destaque. Com 13% de proteínas e 11% de fibras alimentares, ela supera a maioria dos produtos similares disponíveis atualmente.

Melicia Galdeano, pesquisadora da Embrapa, explica que o uso de extrusão termoplástica e extrusão a frio foi essencial para o desenvolvimento desse produto. “A combinação dessas tecnologias visa melhorar as propriedades tecnológicas da massa, formando uma rede que mimetiza o glúten e melhora a textura do produto”, afirma Galdeano.

Quais São as Perspectivas para Esses Produtos no Mercado?

  • Codesenvolvimento: A Embrapa está aberta a parcerias para expandir e validar esses produtos.
  • Licenciamento: Empresas interessadas podem licenciar essas novas tecnologias alimentícias.
  • Escalonamento Industrial: Possibilidades de escalonar a produção para atender a demanda crescente.

Esses produtos representam uma alternativa viável e nutritiva para pessoas com intolerâncias a glúten e trigo, garantindo uma alimentação mais inclusiva e saudável. “Nosso objetivo é oferecer opções que sejam não apenas seguras para pessoas com restrições alimentares, mas também que tenham um alto valor nutritivo e sensorial”, conclui Galdeano.

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4 comentários

4 Comments

  1. José Augusto de Souza Lima

    18 de agosto de 2024 em 20:42

    Nós que somos intolerantes ao glúten, sofremos com a falta de opções dos alimentos.

  2. Jeffwerson Santos

    18 de agosto de 2024 em 19:48

    Parabéns a Embrapa, órgão de ponta e pioneira, se o Agro ê o que é hoje, é a graças a Embrapa. Como disse a colega, esperamos que seja acessível, porque a maioria dos produtos sem gluten, sem lactose, são caros, é isso aí, vamos expandir esse mercado.

  3. Angélica Dalmoro

    18 de agosto de 2024 em 18:08

    Sou ciliaca,espero que os produtos desenvolvidos sejam baratos pois alem de ter pouca opção tudo e caro

    • Egleide

      18 de agosto de 2024 em 21:02

      Tbm sou celíaca, as opções são muito caras e pouco variadas em termos nutricionais.

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