Esportes
Lúcio Barbosa, CEO da SAF do Vasco, diz que sentimento é de alívio: ‘Muito frustrado por tudo que passamos esse ano’
Dirigente falou sobre os planejamentos do Vasco para a próxima temporada e comunicou oficialmente a saída de Paulo Bracks do clube
O CEO da SAF do Vasco, Lúcio Barbosa, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (07). O dirigente falou sobre os planejamentos do Vasco para a próxima temporada e comunicou oficialmente a saída de Paulo Bracks do clube. De acordo com ele, o sentimento internamente é de alívio, mas estão frustrados pela campanha do time em 2023.
“Queria primeiro agradecer à torcida do Vasco, sentimos muito quando São Januário ficou fechado, e a torcida empurrou o time nos momentos mais difíceis. Sempre na história do Vasco aconteceu isso, desde a construção de São Januário. Obrigado a todos os funcionários, que se dedicaram e trabalharam com um sorriso no rosto e não tiveram dúvida. Isso contagia e fez a gente ir além”, disse Lúcio.
“Ninguém está feliz no Vasco. Estamos aliviados. Muito frustrado por tudo que aconteceu, por tudo que passamos esse ano. Todos somos responsáveis por isso. Ontem saiu um peso das costas, conversamos hoje de manhã e não podemos aceitar ficar nessa situação. O Vasco e a torcida não merecem. Ano que vem vamos fazer diferente, brigar na parte de cima da tabela”, completou Lúcio Barbosa.
Demora para fazer as trocas no futebol
“Nenhuma decisão no futebol é simples, envolve muitas coisas e tem bastante consequências. Demoramos um pouco sim (fazer as trocas no futebol), mas aprendemos. Quando a gente tem um projeto à longo prazo, queremos que tudo aconteça rapidamente, mas não é assim que funciona. Mas quando identificamos um erro, precisamos agir com mais velocidade”.
Decisão da saída de Bracks
“Identificamos que era preciso mudar o perfil. Por isso, conversamos com o Paulo Bracks, a quem agradeço muito. Tivemos uma relação muito boa. Mas entendemos que precisávamos mudar o perfil. Então, hoje comunicamos que o Paulo não faz mais parte da Diretoria do Vasco da Gama”.
Pensava em ser competitivo em 2023?
“O objetivo era estar na pré-libertadores, mas não dá pra prever matematicamente isso. Nossa filosofia é ser competitivo, vamos continuar buscando isso. Fizemos uma campanha no segundo turno de G7 e vamos seguir nessa linha”
Futuro do Ramón
“O Ramón tem contrato até dezembro de 2024 e nossa vontade é mantê-lo no Vasco”
“É um trabalho em conjunto, tem a opinião do Ramón, do Emiliano e do próximo diretor de futebol. Todos vão saber qual tipo de peça precisamos em cada setor pra brigarmos na parte de cima da tabela”
Orçamento da 777 partners
“Sobre orçamento, a gente espera que seja algo similar que tivemos esse ano. Sobre a janela de transferência e da transferência do dinheiro: a gente conversa muito com a 777 e houve algumas antecipações pontuais esse ano por conta das necessidades e isso pode acontecer ano que vem também”
Dívidas
“Foi um ano muito desafiador não só pela parte financeira, muito complicado de gerenciar. Temos quitados todas as dívidas com os clubes e é assim que precisamos colocar o Vasco no mercado. Assumimos uma dívida de mais de R$ 700 milhões, muita coisa para pagar ao mesmo tempo. Em um ano e meio, a 777 colocou R$ 310 milhões no Vasco e ano que vem mais R$ 270 milhões. Hoje tenho um grande orgulho do nosso time financeiro e de falar que está tudo em dia. Pagar tudo isso ao mesmo tempo é muito complicado, com todo investimento que deveríamos ter feito e com a necessidade de um investimento maior na segunda janela. Agradeço todos os membros por terem aprovado esse investimento maior na segunda janela. Foi um ano de recorde para o Vasco, em todos os aspectos: receitas, comerciais, vendas de atletas, despesas, custos, investimentos… tudo isso acontecendo dentro de um ano é muito complexo. Só percebemos quando demos um passo para trás e olha um pouco mais de longe. Quando olharmos pra trás e ver tudo que foi feito veremos que foram decisões rápidas e, na maioria, acertadas”