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Lucas Santos diz que está mais maduro e pretende ser titular do Vasco neste ano
Meia, de 20 anos, atuou pelo CSKA em 2019O meia Lucas Santos, de 20 anos, está de volta ao Vasco, após ser emprestado para o CSKA, da Rússia, em 2019. O jogador acredita que a passagem na Europa foi importante para o amadurecimento e que está mais preparado para render pelo cruz-maltino neste ano.
– Essa experiência que eu tive lá foi super importante, no meu amadurecimento dentro do futebol profissional. Ano passado demorei um pouco a amadurecer. Por isso, surgiu essa oportunidade de ser emprestado ao CSKA. Fui lá, fiquei um tempo, morei sozinho… Isso me ajudou bastante para trazer um pouco também do futebol europeu para cá. Vai facilitar muito. Creio que esse ano vai ser super diferente do ano passado – disse o atleta.
Apesar da concorrência, Lucas Santos tem como objetivo ser titular do Vasco na temporada.
– Espero me formar como titular do time, mas tem jogadores super competentes aqui. Então a briga vai ser boa. Espero poder entrar sempre para poder ajudar, mas eu também quero conquistar o meu lugar no time. Creio que vai ser um ano bom, um ano leve para todos e, com a chegada do professor, vai ficar melhor ainda.
Em relação aos outros jovens do elenco, o meia acredita que, com o empréstimo para a Europa, ganha um pouco de vantagem no quesito experiência. Entretanto, pondera que outros atuaram com mais frequência no cruz-maltino do que ele.
– Eu acabei adquirindo um pouquinho mais de experiência, mas as eu fui para lá e tiveram também jogadores mais jovens do que eu que tiveram mais sequência do que eu no time do Vasco. Creio que eu possa ser denominado desse jeito (experiente), mas no time, na brincadeira, é todo mundo novo. Então, os mais velhos pegam no pé da gente do mesmo jeito. Não tem muita diferença não…
O jogador falou também sobre a passagem na Rússia. Ele explicou como era o dia-a-dia e as diferenças do futebol praticado lá com o do Brasil. Lucas acha que este aprendizado vai ser importante para a evolução dele no ano.
– Morei sozinho lá, mas tive um tradutor do time que me ajudou bastante. Quando tinha que ir ao shopping ou num restaurante, era complicado de falar, usava o Google Tradutor, mas aprendi algumas palavras. Aprendi a forma de trabalhar deles, a forma como eles acham que o futebol tem que ser. Lá é muito diferente daqui, por ser futebol europeu. Lá é muito mais força, mais pegada. Aqui no Brasil é “futebol arte”, então a gente sabe se sair bem lá. Agora estou de volta, espero trabalhar aqui, usar aqui tudo que aprendi lá para que esse ano seja maravilhoso para mim e para todos.
Apesar de muitos brasileiros sofrerem com racismo na Rússia, Lucas Santos afirmou que, mesmo com alguns olhares em locais públicos, não sofreu diretamente. Ele também disse que foi muito bem recebido pelo clube.
– Lá tem esse histórico, porém eu não domino totalmente a língua. Acredito que eu não tenha passado por isso. Em shoppings e restaurantes, tive alguns olhares diferentes, mas nada diretamente. Teve o caso do Malcom, lá no Zenit… É uma coisa muito chata no futebol, que infelizmente tem muitas pessoas que não evoluíram nesse assunto. Acredito que diretamente, eu não sofri. Se tive, por causa da língua, eu não entendi e tirei de letra. Mas em questão do clube, eu fui super bem recebido, gostei bastante da forma como me trataram. Não tive problema com nenhum jogador, pessoa do clube ou torcedor.
Lucas Santos foi um dos destaques da Copinha em 2019. Pelos profissionais, o meia tem 22 jogos, 4 deles pelo CSKA, mas ainda não marcou.