Esportes
Presidente do Fluminense se revolta com conselheiro: “Tomarei medidas legais”
Conselheiro chamou de “imoral” possível nomeação de Bittencourt como CEO; presidente reagiu com ameaça de ação legal
O Fluminense realizou, na noite desta segunda-feira (14), uma reunião do Conselho Deliberativo na sede de Laranjeiras com foco na proposta de transformação do clube em uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol). O encontro, que durou cerca de quatro horas, teve como objetivo esclarecer dúvidas e abrir espaço para questionamentos por parte dos conselheiros.
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Durante a sessão, uma das falas mais polêmicas veio de um conselheiro que criticou diretamente o presidente Mário Bittencourt. Ele considerou “imoral” a possibilidade de Bittencourt assumir o cargo de CEO da futura SAF, caso o modelo seja implementado.
“Na minha humilde opinião, seria um enorme conflito de interesse. Repito: se você for CEO da SAF, é uma imoralidade”, declarou o conselheiro, destacando que a atuação de Mário na busca por investidores, aliada ao envolvimento do BTG Pactual — responsável pelo estudo sobre a SAF —, tornaria a situação ainda mais questionável.
Em resposta, Mário Bittencourt rebateu de forma firme:
“Não repita a palavra ‘imoralidade’ ao se referir a mim. Se repetir, tomarei medidas legais”, afirmou o presidente tricolor.
Vice-presidente do Fluminense critica judicialização e alfineta o Vasco
Ainda durante a reunião, o vice-presidente geral do Fluminense, Mattheus Montenegro, responsável pelo avanço do processo de criação da SAF no clube, criticou ações judiciais movidas por sócios que tentaram impedir a realização do encontro.
Em seu discurso no Salão Nobre, Montenegro fez referência ao Vasco ao mencionar os riscos de levar todas as questões ao Judiciário:
“Já houve ação judicial contra o clube para tentar impedir esta reunião, sob alegações de que seria sigilosa. Isso não é verdade. Estão criando narrativas. A pior coisa que pode acontecer é o que chamo de ‘vascainização’ — essa tendência de resolver tudo na Justiça, gerando instabilidade. Precisamos debater internamente e usar o Judiciário apenas como último recurso. Temos órgãos como o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal para isso”, concluiu.
