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Nos pênaltis, meninas do Brasil perdem de 4 a 3 e estão eliminadas dos Jogos
Futebol feminino tentava a primeira medalha de ouro em OlimpíadasDepois de estar em vantagem em grande parte das cobranças de pênalti, o Brasil perdeu para o Canadá por 4 a 3 nas penalidades e está eliminado dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. Depois de pressionar durante praticamente o jogo todo, as brasileiras não conseguiram sair do empate em 0 a 0 no tempo normal. As meninas do Brasil tentavam conquistar a primeira medalha de ouro em Jogos. Até aqui, foram apenas duas pratas em 2004 e 2008 (Atenas e Pequim, respectivamente).
O jogo:
Contrariando as expectativas, o Brasil não conseguiu dominar a partida nos primeiros minutos de jogo. A partida, inclusive, teve poucas oportunidades criadas, já que as defesas conseguiam cortar as jogadas, além dos erros de passes nos momentos principais.
Somente aos entre os 10 e 15 minutos, as equipes conseguiram criar oportunidades; uma para cada lado, mas sem grandes sustos. Enquanto as canadenses dominavam o jogo, o Brasil tentava se segurar. Somente a partir dos 30 minutos, o time de Pia Sundhage consegiu reequilibrar a partida e criar jogadas mais perigosas.
Aos 33 minutos, inclusive, Duda recebeu um ótimo passe pela direita, foi derrubada e a arbitragem marcou a penalidade. Com o auxílio do VAR, no entanto, a arbitragem anulou a marcação corretamente. Já aos 40, Debinha rouba uma bola na defesa canadense, sai cara a cara com a goleira, mas acaba chutando mal e perdendo a chance de abrir o placar.
No segundo tempo, o Brasil conseguiu manter o bom volume de jogo obtido no final da primeira etapa. Com as poucas chances criadas, Pia optou pela entrada de Ludmila, no ataque, na vaga de Bia Zaneratto. Quem, no entanto, assustou primeiro foi o Canadá. Em uma cobrança de falta pelo lado esquerdo, as canadenses acertaram a trave após a o cabeceio de Gilles.
Após a entrada da atacante, o Brasil conseguiu melhorar a movimentação no setor de ataque, mesmo que sem grandes oportunidades criadas. O Canadá, por sua vez, recuou e se preocupou em frear o ataque brasileiro. Aos 27 minutos, Pia oxigenou o meio-campo com a entrada de Angelina na vaga de Formiga.
Com uma defesa bem postada, todas as tentativas de contra-ataque do Canadá foram neutralizadas. Aos 33 minutos, em uma falta cobrada por Marta, a goleira Labbé bateu roupa. Antes que o ataque brasileiro chegasse, a defesa conseguiu fazer o corte.
O primeiro ataque canadense de perigo na segunda etapa aconteceu somente aos 40 minutos. Rose foi lançada livre na área, se enrolou na passada e Érika conseguiu chegar a tempo para travar o chute adversário. Já aos 43, Angelica tentou surpreender com um chute forte de fora da área, mas não acertou o gol canadense.
Prorrogação:
Com a decisão sendo decidida no tempo adicional, as equipes preferiram segurar um pouco mais a partida e garantir a segurança na parte de trás. O Brasil até tentou criar boas oportunidades pelos lados de campo, mas acabou parando na defesa canadense. Aos 99 minutos, Ludmila foi lançada, disputou com a defesa, mas acabou dividindo com a goleira, que ficou com a bola. Dois minutos depois, Pia mexeu novamente no time: optou pela entrada de Andressa Alves na vaga de Duda.
Já na segunda etapa da prorrogação, o jogo não foi diferente: O Brasil começava pressionado e, nos dois primeiros minutos, teve duas tentativas: Um chute de fora da área de Marta, interceptado pela zaga adversária, além de uma tentativa de Ludmila pela direita, mas a posição estava irregular.
Aos 112, o Brasil quase abriu o placar: em um bom ataque do Brasil, Debinha recebeu na entrada da área e arriscou o chute rasteiro. A bola passou à direita do gol, tirando tinta da trave. Já aos 117 minutos, a bola sobrou novamente com Debinha, após atrapalhada de Ludmila com a goleira canadense. A atacante chutou cruzado, mas a defesa conseguiu cortar para escanteio.
No lance seguinte, méritos para a goleira Labbé, que conseguiu defender a cabeçada de Érika, evitando a derrota canadense nos minutos finais.
Penalidades:
Nas penalidades, o Canadá foi quem começou com as cobranças: Bárbara defendeu a cobrança de Sinclair. Do lado brasileiro, Marta deixou o Brasil em vantagem. Na segunda cobrança canadense, Fleming bateu bem e deixou tudo igual. Na sequencia, Debinha recolocou o time brasileira em vantagem. Depois, Lawrence fez o segundo da equipe do Canadá. Para o Brasil, Érica fez o dever de casa e garantiu a vantagem. Na sequencia, Leon também fez o seu e deixou as canadenses vivas na briga pela vaga. Na quarta cobrança, Andressa Alves bateu mal e perdeu a vantagem do Brasil. Com tudo igual na última rodada, Gilles marcou e colocou as canadenses em vantagem pela primeira vez. Para o Brasil, Rafa também perdeu. Com o resultado de 4 a 3, o Brasil foi eliminado.