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NÃO JOGA! Por isonomia, Grêmio não entrará em campo em caso de torcida no Maracanã na Copa do Brasil

Tricolor Gaúcho não teve a mesma oportunidade em Porto Alegre no jogo de ida; CBF é contrária à tentativa rubro-negra

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Maracanã será reaberto no próximo sábado
(Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
Flamengo pode não ter a presença do torcedor na Copa do Brasil e na Libertadores

(Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Apesar da liberação por parte da Prefeitura do Rio, que liberou a volta do público aos estádios a partir do dia 15 de setembro, isso não quer dizer que o Flamengo poderá ter o apoio do seu torcedor na partida de volta das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Grêmio. No jogo de ida, no dia 25 de agosto, na derrota por 4 a 0, dentro de casa, o Grêmio não pode contar com o seu torcedor nas arquibancadas e, buscando isonomia, o clube não entrará em campo caso o rubro-negro tenha a presença de público no Maracanã.

“O Grêmio teve um jogo aqui contra o Flamengo sem torcida. E agora, por sistema de equidade, por decisão também do regulamento da CBF, se foi sem torcida no primeiro jogo, será sem torcida no segundo. Se o Flamengo insistir, mesmo com medida judicial, nós não jogaremos. Nós viajaremos, nós não entraremos” – disse Nestor Hein, diretor jurídico do Tricolor Gaúcho, em entrevista à Rádio Guaíba.

Por ora, a CBF mantém um acordo com os outros 19 clubes das Séries A para que as competições, organizadas pela entidade, sejam ainda realizadas sem a presença do torcedor até pelo menos o final de setembro. No começo da tarde desta quarta-feira (08), inclusive, a entidade se reuniu com os clubes da Série A. Todo decidiram por terminar o Brasileirão sem a presença do público nos jogos restantes. Apenas o Flamengo não participou por entender que a decisão não faz parte da alçada da CBF. O Grêmio, por sua vez, não entende desta forma, já que a FIFA, entidade máxima do futebol, não prevê a participação da Justiça comum nas decisões desportivas.

“Estamos amparados. Ao tomarmos essa decisão, a CBF, que tem a mesma decisão que o Grêmio está externando aqui, se baseou também naquilo que a Fifa determina, que é o nosso órgão maior, que se integra com a CBF, que atende e se inspira nela”

Recentemente, a diretoria rubro-negra articulou junto ao STJD e até na Justiça acordos para ter o apoio nos jogos que é mandante, o que é contrário à decisão da CBF por conta, justamente, da isonomia, já que as partidas anteriores foram disputadas com portões fechados. Do lado gremista, a crítica se dá pelo modus operandi isolado da equipe rubro-negra.

“O Flamengo não faz parte do sistema brasileiro de futebol. É uma entidade abstrata, à parte. Do ponto de vista geral, do comportamento deles. Eles são assim. Conseguiram uma medida provisória só para eles, confabularam com o presidente e o Grêmio que se entenda com os outros colegas de clube (…) Temos que ter uma certa ordem no futebol. Prestigiar o clube de uma forma interessante para todos” – finalizou Nestor.

Por ora, o único jogo que poderá ter a presença do torcedor é contra o Barcelona de Guayaquil, no dia 22, já que a Libertadores pertence à Conmebol, que já liberou a presença do público a partir da fase mata-mata.