Esportes
Jornalista chama brasileiros de ‘macacos’ e Leila Pereira de ‘cachorra’; assista
Uma das apresentadoras do programa tentou o alertar sobre possíveis consequências legais, mencionando a multa prevista na legislação antirracistaO jornalista e comentarista esportivo paraguaio Enrique Vargas Peña gerou revolta nesta quarta-feira (26) ao fazer comentários racistas e machistas ao vivo. Durante um programa na rádio ABC Cardinal, ele chamou os brasileiros de “macacos” ao comentar a derrota da seleção para a Argentina.
Uma das apresentadoras do programa tentou o alertar sobre possíveis consequências legais, mencionando a multa prevista na legislação antirracista do Paraguai. No entanto, Vargas Peña seguiu com os ataques e ainda insultou a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, a chamando de “cachorra de m***”.
Leila foi uma pessoas que mais criticaram os ataques racistas sofridos pelo jogador do Palmeiras, Luighi. O caso aconteceu durante uma partida da Libertadores Sub-20 no Paraguai.
A dirigente ironizou a multa da Conmebol de US$ 50 mil ao Cerro Porteño após o crime. Além disso, ela classificou a ‘punição’ como “ridícula” e criticou a falta de penalidades mais severas.
O racismo no Paraguai
O racismo é um problema global que afeta diversas sociedades, e o Paraguai não é exceção. Recentemente, o país tem sido foco de discussões sobre como lida com atos discriminatórios, especialmente em eventos esportivos.
LEIA MAIS: Lula cobra que Fifa, Conmebol e CBF punam racismo contra Luighi.
A legislação paraguaia sobre racismo é relativamente nova, tendo sido publicada em 2022 e regulamentada em 2024. A lei define atos discriminatórios e racistas, mas a punição se limita a multas, sem prever penas de prisão, o que contrasta com a legislação de outros países, como o Brasil.
Lei paraguaia
A lei nº 6.940/2022 do Paraguai estabelece que atos de racismo incluem obstruir ou restringir direitos de indivíduos de ascendência africana, disseminar ideias de superioridade racial e participar de organizações que promovam discriminação.
Apesar de a lei prever multas significativas para atos racistas, a ausência de penas mais severas, como a prisão, levanta dúvidas sobre sua eficácia.
Além disso, a legislação parece focar principalmente na proteção de afrodescendentes residentes no Paraguai, o que gera incertezas sobre sua aplicação em casos envolvendo estrangeiros, como o de Luighi.
Quais são as penalidades previstas?
As penalidades para atos racistas no Paraguai são limitadas a multas que variam de 50 a 100 salários mínimos diários. Em caso de reincidência, essas multas podem ser dobradas.
Atualmente, o salário mínimo diário no Paraguai é de 107.627 guaranis, o que equivale a aproximadamente R$ 78,27. Assim, a multa máxima para um ato racista pode chegar a cerca de R$ 7.827.
A falta de sanções mais severas no Paraguai pode ser vista como um obstáculo para a erradicação efetiva do racismo no país.
Brasil é humilhado pela Argentina
Com um placar humilhante, a Seleção Brasileira perdeu por 4 a 1 para a Argentina e viu os rivais se distanciarem na tabela das Eliminatórias para a Copa do Mundo.
Julián Álvarez, Enzo Fernández, Mac Allister e Simeone marcaram para os argentinos. Matheus Cunha descontou para o Brasil.
Com 31 pontos, a Argentina segue líder e é a primeira seleção sul-americana a garantir vaga na Copa do Mundo. O Brasil é o terceiro com 21 pontos, a mesma pontuação de Uruguai e Paraguai.
