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Bicampeãs olímpicas na vela são recebidas com festa nas ruas de Niterói
Atletas desfilaram em um caminhão aberto do Corpo de Bombeiros na tarde desta sexta-feira (06)A sexta-feira foi dia de festa, de reencontros e de matar saudades para as bicampeãs olímpicas na Vela, Martine Grael e Kahena Kunze. No retorno para casa, as medalhistas de ouro em Tóquio desfilaram em um caminhão aberto do Corpo de Bombeiros pelas ruas de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, junto com outros atletas olímpicos da cidade.
A carreata, que teve início por volta das 16h30, passou pelas avenidas Jansen de Melo e Amaral Peixoto, pela Praça Arariboia no Centro, e seguiu por toda a orla da Zona Sul até chegar ao Rio Yacht Club, em São Francisco, onde as duas foram recebidas por fãs, familiares e amigos.
Sobre esta recepção, Kahena Kunze se mostrou emocionada e, mesmo sendo paulistana de nascimento, se declarou niteroiense de coração. “Agora tá caindo a ficha. Porque até então foi aquela (sensação de) ‘Será que é verdade, será que estamos vivendo um sonho?’. Hoje, ter essa recepção do povo niteroiense, foi maravilhoso de sentir. E eu que não sou dessa cidade, mas me senti super abraçada. Foi muito especial. Eu já sou niteroiense praticamente”, afirmou.
“A gente sempre sentiu esse calor humano, mesmo lá no Japão. As mensagens que a gente recebeu de apoio e de força da torcida foi gigante. A gente só tem que agradecer a todos que torceram pela gente. Essa medalha é do país, é de Niterói, é do Rio e de todos os velejadores que sabem o quanto a gente ama esse esporte”, completou Kahena.
Martine Grael também não escondeu a emoção com o carinho que recebeu nesta volta para casa. “A gente que passou tanto tempo lá no Japão, meio confinado, chegar e a primeira vista do mar ali, perto do Gragoatá, e fazer o trajeto que eu faço muitas vezes de bicicleta… Foi muito emocionante, passar ali pelo MAC (Museu de Arte Contemporânea de Niterói) e descer por Icaraí”, declarou.
Com a vitória de Martine nos Jogos de Tóquio, a família Grael atingiu a marca de nove medalhas olímpicas na Vela. Ao todo, são quatro de ouro, uma de prata e quatro de bronze. Uma hegemonia no esporte que começou com o pai de Martine, Torben Grael, nos jogos de Los Angeles, em 1984.
Em conversa com a reportagem da Super Rádio Tupi, o prefeito de Niterói, Axel Grael, tio de Martine e irmão dos também medalhistas Torben e Lars, falou um pouco deste legado da família, que se mantém ao longo das gerações. Na fala, ele também destacou os frutos para sociedade, por meio do Projeto Grael, instituição que atende cerca de 700 alunos por ano e que promove a inclusão social de jovens de camadas sociais mais baixas.
“Nós temos um orgulho muito grande de esta ser a décima medalha do Rio Yacht Club e a nona medalha da família. A gente vê que ao longo de tanto tempo conseguimos manter esta performance dos atletas que são daqui é muito legal. Hoje estavam aqui os alunos do Projeto Grael, que é uma iniciativa de fazer com que este esporte esteja acessível para outras camadas da população. Com isso, a gente já deu tantas oportunidades… Do Projeto Grael já saíram campeões mundiais, ótimos velejadores que disputam torneios e campeonatos pelo país e pelo mundo afora”, pontuou Axel.
Além das conquistas em Tóquio 2020 e Rio 2016, a dupla Martine e Kahena já conquistaram um ouro no Mundial de 2014; quatro pratas na mesma competição nos anos de 2013, 2015, 2017 e 2019; além de um ouro e uma prata nos Jogos Pan-Americanos, em 2019 e 2014 respectivamente.
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