Esportes
‘Jogadores precisam entender que os clubes vão estar mais pobres pós pandemia’, diz Alexandre Campello
Presidente do Vasco afirmou que está usando o período de quarentena para ter reuniões com vários setores do clubeO presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, afirmou que tem usado o período de quarentena, decorrente da pandemia do novo coronavírus, para dialogar com vários setores do clube.
“Esse período de quarentena tem sido de muito trabalho, temos feito várias reuniões por vídeos, quer seja com o grupo de gestão, o grupo da operação, ou com o grupo de executivos de diversas áreas do clube”, disse ele.
O presidente do cruzmaltino revelou que as obras do colégio Vasco da Gama e do centro de treinamento continuam, apesar dos prejuízos causados pela pandemia. Segundo Campello, os trabalhos estão sendo realizados com um número reduzido de funcionários, ou seja, em ritmo mais lento, principalmente o CT do clube.
Para Alexandre Campello, a sociedade precisa se conscientizar que a economia vai sofrer muito no período pós pandemia. Além disso, ele acredita que os jogadores precisam entender que até os clubes de futebol terão muitas dificuldades financeiras depois de sair dessa crise na saúde mundial.
“A sociedade como um todo deve se conscientizar que após a pandemia nós vamos viver um período semelhante ao pós guerras. Eu acredito que muitos vão quebrar, porque a economia vai passar por uma retração. Os jogadores de futebol, membros de comissão técnica também precisam entender que os clubes vão estar mais pobres pós pandemia. Vários setores vão passar por um reajuste, possivelmente com algum desemprego, com redução de salários, mas que todos vão perder alguma coisa”, afirmou o presidente.
Campello ainda ressaltou que jogadores de grandes clubes da Europa, treinadores e comissão técnica estão abdicando de parte dos salários para contribuir no pagamento de alguns funcionários de forma a amenizar o impacto financeiro nos clubes.
Ele ainda revelou que quer ajudar de alguma forma a sociedade brasileira nesse período de pandemia.
“Eu pessoalmente procurei o prefeito do Rio colocando o Vasco à disposição, mas acho que a gente precisava fazer algo diferente, porque o Vasco sempre foi diferente. Obviamente nós temos nossas dificuldades, o clube tá parado, com os funcionários na sua maioria em casa, e eu como médico não podia ficar inerte e me ofereci como voluntário. Eu espero dentro do possível contribuir com a sociedade”, concluiu ele.