Botafogo
Gustavo Noronha não é mais VP de Futebol do Botafogo
Clube anunciou a demissão do dirigente nesta terça-feiraO Botafogo anunciou nesta terça-feira, a saída do vice-presidente de futebol do clube, Gustavo Noronha. Por meio de nota oficial, o alvinegro informou a saída do dirigente, que estava sendo duramente criticado internamente e pelos torcedores alvinegros de um modo geral. Gustava Noronha estava no clube desde 2015. Sendo Diretor Jurídico até 2017, se tornando VP de Futebol a partir de 2018.
Em comunicado enviado à imprensa, Noronha falou sobre os fatores que levaram a sua saída do clube e afirmou que ninguém está acima do Botafogo.
“O Presidente me pediu o cargo e é sua prerrogativa fazê-lo. Estava preparado para a transição do Botafogo atual para o Botafogo S/A em dezembro, antecipando em um ano o fim da gestão, e em busca de um Botafogo mais moderno, eficiente, e sempre vencedor. Firme no propósito de terminar o ano com o Botafogo numa posição digna na tabela, eu seguiria para concluir o trabalho. No entanto, o Presidente, a equipe de transição para o Botafogo S/A, e o próprio Mais Botafogo, entenderam pelo fim do ciclo agora, para uma transição mais tranquila, e viabilizando a regularização dos salários o quanto antes. Ninguém está acima do Botafogo, e zelar pelo futuro do Clube é o nosso dever maior. Saio não com a sensação do dever cumprido (pois a 14a posição no Campeonato Brasileiro não é nada cômoda e não é digna de nossas tradições), mas com a certeza de que fiz o meu melhor. Foram 5 anos no departamento de futebol do Botafogo, 3 como diretor e 2 como vice-presidente, em uma reconstrução do Clube que se deu passo a passo. Desde o início dificílimo em 2015 com desmonte e reconstrução total do elenco, até uma participação honrosa na Libertadores em 2017 e um título estadual épico no ano passado (2018), chego ao final do trabalho com o Botafogo dententor de ativos importantes, alguns cobiçados por grandes clubes brasileiros e internacionais. O modelo de gestão orgânico e profissional que implantamos no futebol do Botafogo, contudo, necessitava de duas premissas básicas da era do profissionalismo: (i) estrutura de ponta; e (ii) salários em dia. Durante muito tempo conseguimos. Em face do quase total colapso financeiro de 2019, motivado por questões diversas de ordem comercial e financeira, esses dois pilares fundamentais do trabalho foram dramaticamente prejudicados, e com isso veio um desgaste inevitável. O departamento de futebol do Botafogo foi obrigado a se desfazer de atletas para honrar compromissos salariais e ainda assim os atrasos persistiram. Que possamos o quanto antes regularizar nossos compromissos. Temos, no departamento de futebol do Clube, incansáveis profissionais de ponta. Nosso gerente de futebol, treinador, auxiliares, coordenador, preparadores de goleiro, preparadores físicos, fisiologistas, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, assessores de imprensa, massagistas, roupeiros, seguranças, motoristas, e todos da equipe, são incansáveis. Nossos atletas se dedicam diuturnamente para defender as nossas cores e terminarão essa temporada numa posição digna. Tenho a mais absoluta certeza de que farão de tudo para isso e conseguirão. Tenho com eles desde o início uma relação de respeito e confiança. Não paternalista, porque não acredito nisso. Ao velho bordão da era do amadorismo “jogador precisa de carinho”, sempre respondi com “jogador precisa de excelentes condições de trabalho e salários em dia”. Sigo acreditando nisso. Foi uma honra servir ao Botafogo. Volto para a arquibancada, que é o meu lugar. Saudações Alvinegras”