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Coco Bambu e muito mais: gigante da Série A gasta milhões no cartão corporativo
Despesas do Corinthians em 2024 chamam atenção, com R$ 43 mil gastos no Coco Bambu e críticas à gestão de Augusto MeloOs gastos do Corinthians com cartões corporativos ultrapassaram R$ 8,4 milhões em 2024, gerando questionamentos. Entre janeiro e novembro, mais de R$ 43 mil foram destinados à rede Coco Bambu, famosa por frutos do mar. Nenhuma das visitas ao restaurante custou menos de R$ 5 mil, todas realizadas durante viagens do time masculino profissional.
As faturas analisadas pela Gazeta Esportiva detalham jantares em cidades como Fortaleza, Brasília e Salvador. Exemplos incluem R$ 8.468 gastos em 13 de setembro, em Fortaleza, e R$ 8.206 em Cuiabá, no dia 28 de outubro.
Por que as despesas geraram críticas?
A principal crítica surgiu após imagens de jogadores recebendo quentinhas da mesma rede Coco Bambu após partidas. Isso levantou questionamentos sobre a real gestão dos recursos, já que as altas despesas contrastam com medidas aparentemente mais econômicas para a alimentação dos atletas.
A diretoria justificou que as refeições em restaurantes ocorreram em ocasiões específicas, como encontros com sócios e conselheiros, e alegou que os custos de alimentação de convidados não foram pagos pelo clube.
Jogadores também já comeram quentinhas do Coco Bambu após os jogos. Segundo o Corinthians, a nutricionista do time seleciona opções do cardápio do restaurante e os atletas escolhem suas refeições, garantindo que as necessidades nutricionais sejam atendidas.
Quais outros gastos chamaram atenção?
Além do Coco Bambu, os cartões corporativos registraram despesas em bares e outros estabelecimentos. Exemplos incluem R$ 3.750 no Quinta Estação Bar, em Caxias do Sul, e R$ 5.491 no Aquarius Bar e Festa, em Goiânia.
Esses gastos foram mencionados em um relatório do Conselho de Orientação do Corinthians (Cori), que apontou irregularidades na prestação de contas.
Como a diretoria reagiu à polêmica?
A polêmica culminou em um processo de destituição do presidente Augusto Melo. Apesar de alegar que não utilizava os cartões corporativos em seu nome, Melo reconheceu ser responsável pelas despesas realizadas pela diretoria.
Os gastos exorbitantes e a falta de transparência geraram grande desgaste para a gestão atual, aumentando as cobranças por mais clareza nas contas do clube.