Esportes
‘Vitória da humildade e da coragem’, diz Diniz sobre título da Recopa
Fluminense despachou o grande tabu diante da LDU, do Equador, e conquistou a Recopa Sul-Americana, na noite desta quinta-feira (29), no Maracanã
O Fluminense despachou o grande tabu diante da LDU, do Equador, e conquistou a Recopa Sul-Americana, na noite desta quinta-feira (29), no Maracanã, ao vencer por 2 a 0. Após a conquista do título, o técnico Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva e exaltou o time tricolor e definiu como “a vitória da humildade e da coragem”.
“Eu acho que foi vitória sobretudo da humildade, da coragem e de não se acovardar. Eu acho que as pessoas que comentam desprezam muito quem joga na altitude. O Fluminense fez um grande jogo lá. Esse título começou lá, não foi aqui. Não teve bombardeiro do LDU. O jogo foi muito controlado. Para quem tiver a paciência de assistir e não falar coisas porque teve um monte de cruzamento. Os jogadores foram heróis lá. Dificilmente um time tem mais posse de bola que a LDU lá em Quito, e o Fluminense conseguiu ter posse de bola, quase 60% lá, que foi a nossa melhor forma de se defender”, declarou o treinador.
“Então a gente aqui conseguiu fazer dois gols, e o que teve de mais bonito foi que, com um jogador a menos, a gente não desistir de ser protagonista, de querer o resultado, e foi premiado. Porque lá a gente, às vezes, dava mais pausa no jogo, porque é quase impossível acelerar o jogo na altitude. Não é a pausa que eles fizeram aqui, de ficar matando o jogo, e o vício dá quase nada, já cresce. Então ganhou o time que mereceu de fato pra brindar a essa torcida linda”, completou.
Diniz também exaltou a torcida do Fluminense – mais de 60 mil tricolores estavam presentes no Maracanã.
“Dividir com toda essa torcida linda, maravilhosa, essas três cores que traduzem tradição. Esse é o título é de vocês, que vocês continuem a nos acompanhar. Sou muito grato por tudo que vocês fizeram por mim, pela minha carreira e vocês vão estar sempre no meu coração”, disse o comandante.
Confira outras respostas de Diniz:
Arias
– Quando cheguei aqui era um talento imenso que só precisava de ajuda para dar conta de todo esse talento que tinha. Aos poucos ele foi reconhecendo a capacidade e tendo mais confiança naquilo que já tinha de talento. Além do talento, também é uma pessoa excepcional. É um menino muito sensível, culto, inteligente e das pessoas que melhor me leem. Não foi uma conexão fácil. Fomos indo, indo, indo e o negócio pegou. Ele ajuda o time a empurrar para frente e para cima. Ele está numa curva ascendente e sem parada. É um jogador muito diferente, que joga com alegria, confiança, com felicidade e convive com isso. E isso exemplifica muito quem muda a vida por causa do futebol. É uma pessoa que tem a autoestima totalmente em dia. É muito gratificante ver isso.
Renato Augusto
– Quando jogava contra e o que eu sabia dele, a chance de dar errado no Flu era zero. É um presente para o Fluminense, assim como Ganso. São jogadores que trazem brilho para o jogo. Temos que nos virar para dar condição para se desenvolver.
Arbitragem
– O árbitro deixou a LDU fazer o que queria porque não queria jogar. É diferente do que foi na altitude porque era pausar para respirar. No primeiro tempo ele deu dois minutos e o goleiro ficou cinco para os tiros de meta.
Mesmo campeão, ainda tem críticas
– Quando falam de mim as pessoas falam mais dela do que de mim. Cada vez mais eu tenho ciência disso. Tem pouco a ver comigo porque algumas pessoas têm só o interesse superficial naquilo que faço e não se aprofundam. Os jogadores que convivem comigo vão se falando, e isso vai crescendo. Eles se interessam e os grandes empresários da minha vida são os jogadores e vão continuar sendo porque meu trabalho é voltado para eles. Quando criticam que vivo e morro com minhas convicções, tomo como um grande elogio. Vocês não sabem o tanto que tento melhorar. Trabalho muito e sou um cara apaixonado pelo meu trabalho. Tenho muita alegria em fazer isso.