Diniz critica arbitragem e lê postura do Flamengo: ‘entraram muito acelerados’

Os pouco mais de 90 minutos do primeiro Fla-Flu das oitavas de final do Campeonato Carioca já são história e estão dando o que falar. No lado tricolor, o tom é dividido entre o alívio por ter mantido o placar sem gols e a indignação com a marcação – ou falta dela – em lances capitais por parte da arbitragem. Anderson Daronco foi um dos mais hostilizados na saída de campo na noite desta terça-feira no Maracanã.

Em um fato atípico, a equipe comandada por Fernando Diniz teve menos posse de bola que o adversário. Como um dos fatores justificáveis, a expulsão de Felipe Melo logo no começo do segundo tempo e também a postura adotada pelo Flamengo, principalmente nos minutos iniciais. O treinador do tricolor, no entanto, não ficou espantado com o estilo de jogo apresentado pelo rubro-negro.

“Não foi surpresa. Eles foram agressivos na marcação. O que foi determinante foi a postura anímica do Flamengo. Não que tenhamos entrado mal para o jogo, mas eles entraram muito acelerados, provavelmente em decorrência da final do Campeonato Estadual. Então eles tiveram uma intensidade maior que a nossa e isso provocou um domínio do Flamengo, principalmente nos 25, 30 minutos do primeiro tempo. Depois as coisas foram normalizando e ao final do primeiro tempo o jogo estava mais equilibrado. Eles fizeram 22 faltas e nós fizemos 5. O jogo ficou muito pra eles. Toda vez que a gente saía da marcação, era falta. Foram 22 faltas e nenhum cartão amarelo pra eles. A arbitragem foi muito permissiva”, analisou o técnico do Fluminense

Alguns lances geraram muitas reclamações dos tricolores no campo, nas arquibancadas e nas redes sociais. Desde a expulsão de Felipe Melo, passando por alguns lances e cartões ignorados pela arbitragem e chegando até o tempo de acréscimo. Para Fernando Diniz, a falta de parcialidade prejudicou o clássico.

“Espero que a próxima final tenha uma arbitragem totalmente imparcial. O Fluminense ganhou o Campeonato Carioca, apesar da arbitragem. Hoje a gente conseguiu um 0 a 0, apesar da arbitragem. E não estou discutindo isso por causa do lance do Felipe Melo. Mas é muito mais fácil o VAR chamar por causa do pisão do Gabigol no Ganso, que claramente é um pisão intencional. O bandeira estava do lado e o VAR não chama. Aquilo não tem interpretação. Pisou porque quis pisar. Aquele pisão é para expulsão. O do Samuel, no primeiro jogo da final, uma clareza muito grande e o juiz não expulsa, mas depois expulsa. No segundo jogo, o Pedro pisa também e não é expulso. No Flamengo e Goiás aqui (no Maracanã), o Ayrton Lucas cai sozinho e é pênalti. Em Minas, o Manoel sobe num movimento natural e o juiz dá pênalti. Hoje, o Everton Ribeiro, que é um craque, errou um domínio, foi na mão e gerou um contra-ataque para o Flamengo. Fora o número excessivo de faltas sem cartão e o acréscimo, sem critério nenhum”, criticou o treinador.

Sem vantagem de empate para qualquer um dos lados, o Fla-Flu que vai decidir o classificado às quartas de final da Copa do Brasil está marcado para o dia 1º de junho. Nova igualdade leva a decisão para os pênaltis. Quem vencer, passa de fase.

Antes de reencontrar o Flamengo, o Flu visita o Botafogo no próximo final de semana (Campeonato Brasileiro), vai até a altitude de La Paz, na Bolívia, para duelar com o The Strongest (Libertadores) e joga com o Corinthians em São Paulo (Brasileiro).