Relembre músicas que imortalizaram as glórias de Adílio pelo Flamengo

A morte de Adílio, nesta segunda-feira, foi a primeira de um titular do histórico time do Flamengo de 1981. O eterno camisa 8, ainda em vida, foi imortalizado em pelo menos dois locais da sede social do clube, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. Uma das quadras de futsal, por exemplo, foi batizada como ‘Quadra Adílio’. Em 2019, foi a vez da inauguração de um busto, na parte interna da entrada principal do clube.

No entanto, as homenagens musicais também fizeram parte do repertório de Adílio. Variando entre ritmos, ele foi homenageado em algumas canções famosa. Em destaque, composições dos sambistas Bezerra da Silva, Bebeto e João Nogueira e do rapper Marcelo D2.

A primeira citação mais famosa foi de João Nogueira, no lendário álbum ‘Clube do Samba’, de 1979. A música é uma regravação da canção de 1954, de Wilson Batista, que trazia personagens da época como protagonistas. Na nova versão, o ex-meia é mencionado:

“O mais querido
Tem Zico, Adílio e Adão
Eu já rezei pra São Jorge
Pro mengo ser campeão”

Poucos depois, foi a vez de Bebeto imortalizar o ‘Brown’. Em 1980, ano do primeiro título brasileiro do Flamengo, a canção ‘Flamengão’, do álbum ‘Malícia’ praticamente escalava o setor de criação do time campeão brasileiro daquela temporada:

“Só existe gênio nesse meio de campo
Adílio de um lado, Carpegiani do outro
Manguito, Becão batendo até no pescoço
Na frente rei Zico, com toque desconcertante
Lançou o Cláudio Adão que colocou no barbante
Flamengão”

Em um tom mais biográfico, Bezerra da Silva relembrou uma das passagens mais famosas envolvendo Adílio. Originário da Cruzada São Sebastião, favela que fica nas redondezas da sede do Flamengo, o ídolo sempre foi identificado com suas raízes. E o sambista aproveitou a passagem em ‘Saudações às Favelas’, do álbum Malandro Rife, de 1985:

“A querida cruzada São Sebastião
Antiga Praia do Pinto que deu o Adílio um grande campeão”

Saindo do samba, em 1998 foi a vez do rapper Marcelo D2 citar a era de ouro do Flamengo. E mais uma vez, o camisa 9 daquele time ficou em evidência. Ao lembrar da infância, o músico fez questão de citar os três atletas que mais defenderam o clube em toda a história. A lembrança foi na canção autobiográfica 1967, do álbum ‘Eu Tiro É Onda’, de 1998:

“Sempre no Maraca vendo o Mengão jogar
Zico, Adílio, Júnior, fazendo a bola rolar
Como já diz o hino, vou repetir com vocês
Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer”

No primeiro jogo do Flamengo depois da morte de Adílio, Gerson vai estampar o nome do eterno ídolo em sua camisa 8. A homenagem será no jogo da quarta-feira, às 20h, diante do Palmeiras, pela Copa do Brasil. Até o momento, não foram informados locais de velório e sepultamento.