Esportes
Flamengo conclui acordo judicial com última família de incêndio do Ninho
Família do goleiro Christian Esmério era a única ainda sem um acerto com o Flamengo
Quase um ano após ser condenado judicialmente a indenizar a família de Christian Esmério, a diretoria do Flamengo obteve acordo para encerrar o caso com a última pendência das vítimas do incêndio do Ninho do Urubu. O então goleiro da base estava na relação dos dez óbitos registrados em fevereiro de 2019 e era o único caso sem um acerto entre clube e família. Em 2024, a Justiça determinou o pagamento de uma quantia de R$ 2,9 milhões.
“O Clube de Regatas do Flamengo informa que celebrou acordo com a família de Christian Esmério em relação ao processo nº 0305333-17.2021.8.19.0001, que tramita na Justiça do Estado do Rio de Janeiro, e trata do pleito da última família ainda não indenizada pelo acidente ocorrido no Ninho do Urubu em 2019. O Flamengo entende que não há dinheiro no mundo que possa aplacar a dor pela perda de um filho ou de um irmão, mas continuar litigando, consideradas as circunstâncias do caso concreto, poderia impor ainda maior sofrimento à família, o que não é o desejo do Clube. Desta forma, terminar o processo e permitir à família a compensação financeira, mediante a celebração do acordo, era prioridade máxima da atual Administração do Flamengo”, publicou o Flamengo em nota, nesta terça-feira.
A família do garoto também publicou uma nota oficial à respeito da negociação, enfatizando a nova postura da diretoria que assumiu o comando do Flamengo. “Familiares de Christian Esmério informam que o Clube de Regatas do Flamengo, ao adotar uma postura mais empática e consciente, reconheceu que a tragédia transcende questões financeiras, honrando a memória do jovem atleta. Desta forma, considerando o sigilo estabelecido no processo e no acordo firmado com o Clube de Regatas do Flamengo, a família e seus advogados não irão se manifestar acerca dos termos acordados”, diz a nota.
O valor do acordo não foi informado pelo clube. Até o momento, nenhum profissional vinculado ao clube foi responsabilizado pela tragédia que é considerada a maior da história do clube e uma das mais relevantes do futebol nacional. No próximo dia 8, serão concluídos seis anos do incêndio.