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Entenda fatos e linha do tempo que definiram saída de Gabigol do Flamengo

Acordos verbais não cumpridos e atos de indisciplina foram fundamentais para o fim do vínculo

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Gabigol
Foto: Paula Reis/Flamengo

Com a definição de deixar o Flamengo ao fim do contrato, que se encerra no dia 31 de dezembro, Gabigol vai respirar novos ares em 2025. Há um acordo entre o atacante e o Cruzeiro para um vínculo com a validade de quatro temporadas e um salário cerca de duas vezes maior que o recebido no rubro-negro. O desfecho, no entanto, não foi da noite para o dia.

Desde a primeira conversa para renovar o contrato até a oficialização de saída, feita pelo atleta, foram cerca de dois anos. Da final da Libertadores de 2022 até os últimos meses, foram acordos, desentendimentos, atos de indisciplina e outras questões que levaram a saída como consequência. Relembre alguns fatos:

2022: protagonismo e acerto de renovação por cinco anos

Mesmo dividindo as atenções com Pedro, o final de 2022 foi especial para Gabigol. O então camisa 9 voltou a ser decisivo e marcou o gol do título da Libertadores contra o Athletico-PR. Naquele momento, houve um acordo entre departamento de futebol e atacante para a renovação contratual por mais cinco anos – contando a partir de 2025 – tendo validade até 2029. Ao mesmo tempo, ausência na lista sonhada da Copa do Mundo do Catar.

Na virada de temporada, com a aposentadoria de Diego, Gabigol herdou a camisa 10 e começou o ano seguinte com o status de ídolo e capitão. Pouco antes, na celebração do título continental, o artilheiro do clube no século roubou a cena ao exaltar os torcedores que cantavam uma música que hostilizava Tite, então técnico do Brasil. A reviravolta aconteceria pouco tempo depois.

2023: queda de rendimento, indisciplina e Tite

Assim como todo o time, Gabigol decepcionou durante boa parte do ano de 2023. No mesmo período, uma discussão com Marcos Braz no intervalo do jogo diante do Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro, causou um mal estar. Ainda no primeiro semestre, também a dificuldade para a realização de um exame antidoping no Ninho do Urubu, que um ano depois renderia uma suspensão – no momento sob efeito suspensivo.

Numa mudança de rota, a diretoria tratou algumas renovações contratuais com uma forma diferente. A permanência do Bruno Henrique ganhou ares de novela, mas depois foi sacramentada com a permanência por mais três anos. Ao mesmo tempo, os bastidores davam conta de uma volta atrás dos cinco anos que foram propostos ao camisa 10. Começava a ali um cabo de guerra entre as partes.

2024: propostas, suspensão, novas polêmicas e fim de ciclo

O ano de 2024 já começou com Gabigol sendo reserva. Tite optou por uma ação que já tinha sido promovida por Vitor Pereira e Jorge Sampaoli. Para culminar, uma suspensão por dificultar a realização de um teste antidoping. Quase que ao mesmo tempo, o atacante virava alvo da nova gestão do Corinthians, que chegou a indicar um acordo entre as partes. A equipe do Parque São Jorge, inclusive, apareceria novamente no noticiário e geraria uma consequência forte.

Por ter sido flagrado em uma festa particular vestindo a camisa do clube paulista, o ídolo rubro-negro foi multado e perdeu a camisa número 10. A partir daquele momento, o número 99 seria o utilizado. Pouco depois, a diretoria optou por não utilizar o atacante, que poderia ser envolvido em alguma eventual transação com outra equipe brasileira antes de atingir os sete jogos na Série A. Neste momento, houve uma conversa por uma possível troca envolvendo Dudu, do Palmeiras. Não houve desfecho. Naquele momento, Gabigol já sabia que seu contrato não seria renovado da forma que queria.

Divergência no tempo de contrato foi determinante

A renovação por cinco anos foi acordada, mas nunca assinada pelo presidente Rodolfo Landim. Os fatos sequentes fizeram o departamento de futebol repensar no tempo de compromisso. Neste momento, houve o entendimento interno que a prorrogação por mais um ano seria a mais adequada para o clube. No entanto, foi a vez de Gabigol recusar o que foi ofertado.

Até houve um fio de esperança de que uma reconsideração por parte do atleta poderia ser feita com a chegada de Filipe Luís. Porém, Gabigol já sabia do interesse do Cruzeiro e também de uma possível proposta do futebol árabe – ainda desconhecida. Em nenhum momento a diretoria do Flamengo considerou aumentar novamente o tempo de contrato para uma eventual renovação.

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