Botafogo
Em jogo eletrizante, Botafogo arranca empate do Cruzeiro nos acréscimos, mas segue longe do G-4 da Série B do Brasileirão
Com três gols de Chay, Alvinegro fica no 3 a 3 com os mineiros, no Nilton SantosNa base da vontade! Em partida agitadíssima e eletrizante, o Botafogo empatou em 3 a 3 com o Cruzeiro, neste sábado (10), no Nilton Santos, pela 11ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, e, por não ter vencido, segue longe do G-4 da competição nacional, na décima posição, com 13 pontos – até o momento, são três vitórias, quatro igualdades e três derrotas. Um dos destaques do confronto e da temporada, Chay marcou três vezes a favor dos mandantes e Gilvan (contra) e Marcelo Moreno (2) igualaram tudo no Rio de Janeiro.
O primeiro tempo começou com pressão na saída de bola feita pela Raposa e marcação cerrada em cima do Alvinegro, que também iniciou ligado a toda vapor. E quem assustou, logo aos 2 minutos, foi o time mineiro, com um chute de Marcinho de fora da área para boa defesa de Diego Loureiro. Entretanto, na sequência, o Glorioso ensaiou uma verdadeira blitz na zaga celeste, acuando os visitantes no campo defensivo. Aos 3, Rafael Navarro recebeu na intermediária, avançou com liberdade e soltou a bomba de canhota. Fábio fez grande intervenção e espalmou para escanteio.
A partir daí, o controle das ações e principais jogadas continuou por parte dos cariocas e os comandados de Marcelo Chamusca conseguiram abrir o placar, após penalidade de Léo Santos em Diego Gonçalves. Na cobrança, Chay, destaque da equipe até o momento na temporada, bateu no canto esquerdo de Fábio, deslocando o goleiro para o outro lado e marcando seu quarto gol pelo clube, aos 8. Em seguida, Pedro Castro ainda teve boa oportunidade em falta, mas acertou a barreira e desperdiçou a chance.
A partir dos 17, o Cruzeiro passou a comandar a partida, já que estava atrás no marcador. Os mineiros começaram os ataques com Lucas Ventura, que subiu mais alto que todo mundo em batida de escanteio e cabeceou firme para Diego Loureiro encaixar e sair jogando. Nove minutos depois, Rafael Sóbis progrediu pela intermediária e finalizou de média distância, porém, a bola acabou saindo sem direção e indo pela linha de fundo.
Enquanto resistia às investidas da Raposa, o Botafogo tentava sair nos contra-golpes, aproveitando as velocidades de seus pontas, para ampliar a vantagem. Só que, por falta de pontaria e precisão no último passe, o Alvinegro não aproveitou as possibilidades de gol criadas. Já no fim, o time celeste construiu ainda mais duas oportunidades, ambas com Giovanni: na primeira, o chute desviou em Kanu e quase enganou Diego Loureiro; na segunda, o meia arrematou de longe, obrigando o goleiro a novamente aparecer bem para espalmar.
Na volta do intervalo, a partida mudou totalmente de figura. O Cruzeiro se lançou à frente e, em uma infelicidade da zaga do Glorioso, chegou ao empate. Aos 8, Bruno José veio pela direita e cruzou. Gilvan tentou o corte, mas mandou contra para a própria meta, sem chances para Diego Loureiro. E quando parecia que os cariocas sofreriam a virada no Nilton Santos, Chay colocou a equipe de General Severiano em vantagem mais uma vez: aos 15, Diego Gonçalves descolou bonito passe para Daniel Borges na direita. O lateral achou o camisa 14, que aproveitou a sobra e balançou a rede.
A partir daí, a Raposa, até então abatida, iniciou a arrancada para sair de campo com a vitória. Três minutos após o segundo gol do Botafogo, o árbitro viu toque de mão de Kanu dentro da área e assinalou a marca da cal. Vindo do banco de reservas, Marcelo Moreno, ex-Flamengo, cobrou bem mal e Diego Loureiro defendeu, porém, no rebote, o boliviano teve tempo de dominar, ajeitar para o lado e deixar tudo igual novamente para os mineiros, fazendo 2 a 2. O Alvinegro mal teve tempo de assimilar o tento celeste e, de repente, sofreu mais, mais uma vez do pés do ex-atacante rubro-negro.
Aos 24, Wellington Nem foi lançado, o goleiro saiu e abafou, mas Moreno pegou a sobra e finalizou de primeira, da meia-lua, para fazer um golaço e virar o placar para os comandados de Mozart, que, inclusive, acabou sendo expulso durante a etapa complementar por reclamar demais. Em seguida, o confronto passou a ficar mais truncado e, na base da vontade, o Glorioso começou a atacar e deixar a defesa mais desguarnecida.
A pressão, um tanto quanto desorganizada taticamente, deu certo. Marco Antônio foi derrubado na grande área após carrinho do adversário e o juiz marcou a penalidade máxima. Pela terceira vez no duelo, Chay chamou a responsabilidade, pegou a bola, ajeitou com carinho e, com categoria, chutou no canto superior direito de Fábio, que nada pôde fazer para evitar o 3 a 3.
Agora, o Botafogo terá uma semana para se prepara para o jogo contra o Brusque, no próximo sábado (17), às 19h, no Estádio Augusto Bauer, em Santa Catarina, pela 12ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, e precisa dos três pontos atuando fora de casa para pular algumas posições na tabela de classificação e se aproximar do G-4 da competição. O zagueiro Gilvan não estará à disposição do técnico Marcelo Chamusca para esse confronto, já que recebeu o terceiro cartão amarelo.