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Campeonato Brasileiro

Diniz comemora evolução no segundo tempo, exalta Arias e prevê dificuldades contra o Argentinos Juniors

Vitória sobre o Santos fez o Tricolor quebrar sequencia de dois tropeços no Brasileirão

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Fernando Diniz
Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Mesmo com mais três pontos garantidos no Campeonato Brasileiro, após a vitória sobre o Santos, por 1 a 0, no Maracanã, o técnico Fernando Diniz fez questão de pontuar os problemas da sua equipe, mas também destacou a evolução do time. Por ter poupado alguns titulares, o treinador admitiu a falta de entrosamento no primeiro tempo, mas notou a evolução durante a segunda etapa, quando justamente o Tricolor conseguiu o gol da vitória, marcado por Germán Cano.

“Fizemos um primeiro tempo, com um time muito mexido, menos entrosamento. Não tem tanta fluência como os que estão desde o início. Não conseguimos aproveitar o pênalti. Ajustamos o time no intervalo jogando com mais aproximação e menos amplitude. Depois, com os jogadores mais acostumados, ganhamos fluência e soubemos ter uma partida bem soberana. Fábio praticamente não trabalhou na partida” – avaliou Diniz.

No gol tricolor, o grande destaque foi o meia John Arias, responsável por “achar” um passe para Germán Cano, que estava cercado por seis adversários. Diniz revelou que percebeu a necessidade do colombiano participar mais da partida, momento que o Flu estava pressionado pelo Peixe.

“Ele é, desde o ano passado, um dos melhores jogadores do futebol brasileiro sem sombra de dúvida. Ele está se reconhecendo cada vez mais um grande jogador. Ele é um cara extremamente decisivo, desequilibrou muitos jogos para a gente. Podemos fazer o que for, mas a gente depende dos jogadores. Foi um pedido para que ele participasse o máximo possível do jogo. Ele foi muito colaborativo, não só com a bola, mas em movimentos sem a bola. Fez uma partida brilhante para mim hoje” – exaltou o treinador.

Com a vitória sobre o Santos, o Fluminense quebra uma sequencia de dois tropeços no Brasileirão, ganhando moral para o duelo da próxima terça-feira, contra o Argentino Jrs, pela Libertadores, em Buenos Aires, às 19h. Diniz espera um jogo bastante complicado, principalmente jogando fora de casa.

“Esperamos um jogo bastante difícil. É um time com bastante imposição física e técnica, principalmente jogando em casa. Já começamos a analisar o Argentinos Juniors, mas estávamos mais focados no Santos. Já tinha visto alguns jogos, mesmo antes de saber que iríamos enfrentá-los, principalmente contra o Corinthians. Temos que nos preparar para jogar contra uma grande equipe” – disse.

Foto: Mailson Santana/Fluminense

Confira outros trechos da entrevista:

Arbitragem:

“Foi muito confusa, deu muito cartão sem necessidade e não soube conduzir. Foi uma arbitragem ruim, e no primeiro tempo o Santos caiu várias vezes, teve demora para ver o pênalti no VAR e ele deu quatro minutos. No segundo ele deu sete. Pelo tanto de cera que o Santos fez, era para ter dado menos minutos”.

Yony González:

“Ainda não sabemos a gravidade da lesão, mas espero que não seja nada mais grave. Mesmo se ele não saísse acho que não teria chance de continuar”.

Marlon:

“Certamente vai ser importante para a sequência da temporada. É um jogador de Classe A e identificado com o clube, que quis voltar para nos ajudar. Estava há um tempo grande sem jogar e sentiu um incômodo na coxa e por isso saiu no intervalo. Não acredito que seja nada grave, mas sim questão de ritmo e adaptação à maneira de treinar. Ele tem um perfil extremamente positivo. É um jogador de nível muito alto, o Fluminense fez esforço para trazê-lo e tem tudo para brilhar aqui”.

Marcelo:

“Foi poupar um pouco esses jogadores que precisavam. Alguns estavam vindo em uma sequência muito grande, caso do Lima, jogando os 90 minutos em quase todas as partidas. O Keno foi um jogador que saiu com câimbra lá em Curitiba. Teve uma lesão importante um mês atrás. O Ganso é um jogador que quando a gente pode fazer essa substituição, e a gente tinha jogador hoje para colocar no lugar, a gente faz.”

Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

“O Marcelo a gente tinha até uma estratégia de sair jogando com ele hoje, mas a gente teve uma carga de treino semana passada e essa semana, e ele sentiu um desconforto. Não teve lesão. Ele se colocou à disposição para jogar, mas eu optei por preservar. Tanto é que ele ia entrar. Na hora que eu ia bota-lo, ele e o John Kennedy, saiu o gol e achei que não valia o risco. Mas ele estava à disposição de jogar hoje. Foi mais uma questão de precaução. Tem chances grandes (de ser titular na terça)”.

Evolução no desempenho defensivo:

“Tivemos um acréscimos tático, técnico e individual. Tático no sentido coletivo e técnico falando sobre a técnica de marcação dos jogadores, que temos mais tempo para treinar e estimular esse tipo de coisa, muita correção de vídeo… O mais importante é a postura do time em relação à importância de se dedicar na marcação.”

“Nosso time joga de maneira vistosa, para frente, mas só tivemos momentos importantes no Fluminense quando nos dedicamos na marcação. A parte estética é muito mais consequência de ter mais segurança para defender do que o contrário. Os jogadores estão mais imbuídos e sabedores que precisamos nos dedicar muito.”

“Todo mundo, coletivamente. Porque não temos muitos jogadores específicos de marcação. Temos que ter uma colaboração coletiva. Quando marcamos coletivamente, de maneira coesa e com todos os jogadores participando, fica um time muito sólido defensivamente. O que mudou, principalmente, foi a mentalidade e a consciência que a gente precisa se dedicar tanto sem a bola, marcando efetivamente, e também quando a gente está com a bola para não perdê-la em lugares estrategicamente inadequados e tomar contra-ataques perigosos”.

Pelo Campeonato Brasileiro, o Fluminense enfrentará o Palmeiras no próximo sábado (05), às 21h, no Maracanã, pela 18ª rodada. Neste compromisso, o zagueiro Nino e o volante André serão desfalques, suspensos pelo terceiro cartão amarelo.