Críticas, lesão muscular, covid-19 e retorno triunfal: veja a trajetória de Coutinho desde a reestreia pelo Vasco

Philippe Coutinho viveu neste fim de semana o que sonhava desde o início de julho, quando acertou sua volta ao Vasco após 14 anos. Foi do meia o gol que garantiu o empate em 1 a 1 com o Flamengo, no Maracanã, pela 26ª rodada da Série A. Na comemoração, aliás, o ídolo fez questão de apontar à torcida nas arquibancadas, extravasando com gritos e abraços nos companheiros de time.

Mas, para que o jogador chegasse nesse momento de alegria, foram longas semanas de preparação e até dúvidas sobre sua real condição física. Afinal, reestreou pelo Cruzmaltino diante do Atlético-MG, na Arena MRV, em 21 de julho. Depois, apareceu como titular contra Grêmio e Atlético-GO (Copa do Brasil), e atuou pela última vez ao enfrentar o Bragantino, vindo do banco de reservas.

Período fora

A partir daí, o sentimento de desconfiança da torcida teve início em relação a Philippe Coutinho. Em treino no CT Moacyr Barbosa, o meia se machucou e teve constatada lesão muscular na coxa esquerda. Perdeu alguns jogos em processo de recuperação e, quando se preparava para regressar à equipe, pegou covid-19.

Em função da virose, ficou atrás do companheiros de grupo no condicionamento físico ideal e utilizou a data Fifa de setembro para ficar 100%. Mesmo assim, acabou não sendo relacionado diante do Athletico-PR, em Curitiba, pelas quartas da Copa do Brasil – ainda restavam alguns trabalhos finais de preparação de olho em estar à disposição do interino Rafael Paiva.

Retorno triunfal

Após desfalcar o Vasco por sete jogos na temporada, Coutinho enfim voltou no clássico deste domingo. O Flamengo vencia por 1 a 0 até os 43 minutos do segundo tempo, quando saiu o empate. Rayan puxou contra-ataque e achou Emerson Rodríguez, que cruzou para Puma. O uruguaio deu passe na medida para o ídolo da torcida completar de cabeça às redes.

Assim, o camisa 11 celebrou a noite vivida. Revelou ansiedade para retornar, querendo ajudar o time não só com a experiência, porém também dentro das quatro linhas. Ainda agradeceu ao suporte que recebeu no período que precisou ser ausência.

“Eu estava bastante ansioso. Acabei machucando. O pessoal do Vasco, todos sabem como queria voltar antes. Tentei voltar antes, contra Atlético-MG, não consegui. Hoje, fui coroado com o gol. Só agradecimento pela minha família, pelo departamento médico que me aguentou. Foi um empate importante para a gente, vamos seguir junto aos clubes que estão lá em cima (na tabela)”, disse.

“Foi complicado. Ouvi bastante besteira sobre mim, mas tudo bem. Sei o quanto eu luto aqui dentro, o quanto lutei para voltar antes. O pessoal do DM já estava de cabeça cheia porque toda hora eu pedia para voltar, mas não dava. Tive covid ainda. Foi um mês complicado. Mas já passou e agora é só pensamento positivo”, enfatizou Coutinho.