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Com péssima atuação no tempo normal, Fluminense perde para o Olimpia nos pênaltis e está eliminado da Libertadores
Tricolor foi superado por 2 a 0 e, nas penalidades, por 4 a 1, perdendo a vaga na fase de gruposUm adeus frustrante! Em péssima atuação na noite desta quarta-feira (16), praticamente sem criatividade no setor de ataque e comportamento acovardado atrás, o Fluminense decepcionou sua torcida, no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, e, depois de perder por 2 a 0 para o Olimpia no tempo regulamentar, foi muito mal na disputa de pênaltis, sendo novamente superado, desta vez, por 4 a 1 – somente André converteu a cobrança – e está eliminado precocemente da Libertadores, ainda na terceira fase prévia do torneio de mata-mata. Recalde e Paiva, um em cada etapa do confronto, anotaram os gols do clube local e levaram a decisão da vaga nas chaves da competição às penalidades. A expulsão de Nino, no final, também contribuiu para prejudicar os visitantes, que reclamaram de um tento mal anulado pelo juiz. Como forma de consolo, a desclassificação dará um lugar garantido ao Flu na Copa Sul-Americana.
O Tricolor não fez um bom primeiro tempo, no Paraguai. Isso porque, tirando duas chances no fim, aos 41 e 45, ambas em chutes de Germán Cano para defesas do goleiro Olveira, os cariocas passaram grande parte da metade inicial do jogo recuado e tentando diminuir os espaços dos donos da casa. De fato, até conseguiu obter êxito nesse sentido, já que várias tentativas adversárias foram bloqueadas pelos zagueiros do time do técnico Abel Braga. Inclusive, logo aos 7, a equipe das Laranjeiras poderia ter saído na frente do placar: Jhon Arias cobrou falta, a zaga afastou mal, e a bola sobrou limpa para David Braz, sozinho, dominar no peito e balançar a rede. Mas o árbitro entendeu que houve um toque de mão do camisa 44 e invalidou o lance, causando polêmica e revolta nos jogadores. A partir daí, só deu os paraguaios na partida e, após finalizações de Derlis González, Gamarra e Salcedo, Recalde inaugurou o marcador, aos 35. Em levantamento na área, Silva apareceu nas costas de Cris Silva, cabeceou ao meio da confusão, e o atacante subiu sozinho fazer 1 a 0.
Depois das conversas no vestiário, o Olimpia seguiu pressionando em busca do resultado para garantir a classificação e emendou três boas oportunidades de ampliar a vantagem, dos 6 aos 13. Em uma delas, Fernando Cardozo avançou e concluiu de longe, pela linha de fundo. Nas outras duas, David Braz foi cirúrgico para interceptar batida de Gamarra e Salcedo viu Fábio executar linda intervenção, mesmo com desvio em Felipe Melo no caminho, para evitar o segundo. Porém, aos 20, em rara possibilidade de marcar, Gabriel Teixeira, que havia acabado de vir do banco no lugar de Jhon Arias, saiu cara a cara com Olveira e desperdiçou a jogada, chapando em cima do arqueiro. Como se não bastasse a falta de pontaria e a blitz dos mandantes, Nino ainda recebeu cartão vermelho por falta em Paiva, sendo o último homem. Com um a menos e a confiança abatida, aconteceu o esperado. Aos 43, em cruzamento pelo alto, Fábio espalmou forte testada, só que na sobra, Walter González mandou rasteiro na horizontal e Paiva se tacou para deixar o dele, empatando tudo no agregado. Além disso, nos acréscimos, Camacho quase anotou aquele que seria o gol da vaga na fase de grupos da Libertadores. No entanto, a disputa teve de ser decidida nas penalidades.
Na cobrança de pênaltis, o Fluminense conseguiu ter um desempenho pior em relação aos 90 minutos, no Defensores del Chaco, e perdeu por 4 a 1. Quintana, Camacho, Ortiz e Derlis González fizeram a favor dos donos da casa e Fábio não chegou a pegar nenhum dos chutes. Pelo lado dos cariocas, Willian Bigode e Felipe Melo pararam em Olveira, e somente o volante André, revelação do Campeonato Brasileiro de 2021, guardou na rede, ao bater firme no meio e alto. Agora, a eliminação precoce dará ao time das Laranjeiras um vaga assegurada na Copa Sul-Americana.